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VÍDEO: Sertanejo de São José do Brejo do Cruz, Petrúcio Ferreira é tricampeão paralímpico nos 100m em Paris

Esta é a sexta medalha paralímpica do paraibano e a terceira de ouro. Nesta sexta-feira (30), ele venceu nos 100m na classe T47 (deficiência nos membros superiores) do atletismo com o tempo de 10s68

Por Diário Esportivo com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

30/08/2024 às 18h40 • atualizado em 30/08/2024 às 18h43

Natural de São José do Brejo do Cruz, na região de Catolé do Rocha, Sertão paraibano, Petrúcio Ferreira, de 27 anos, conquistou nesta sexta-feira (30), sua sexta medalha paralímpica, a terceira de ouro, ao vencer nos 100m na classe T47 (deficiência nos membros superiores) do atletismo. Ele terminou com o tempo de 10s68. O americano Korban Best levou a prata com 10s75 e o marroquino Aymane El Haddaoui o bronze, com 10s75.

Petrúcio já havia ganhado o ouro nesta prova nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e Rio de Janeiro em 2016. Além disso, ele também ganhou o bronze nos 400m classe T47 em Tóquio e a prata no Rio. Por equipes, Petrúcio conquistou ainda a prata em 2016, nos 4x100m.

“Sou muito grato por tudo isso, agradeço quem acredita no meu trabalho. Esse ano eu venho sofrendo muito, briga interna com meu corpo, muitas lesões, me machucando muito, muita cobrança, eu me cobro muito. Isso aqui é só diversão para mim”, disse Petrúcio.

O velocista tricampeão paralímpico manteve a hegemonia de quase nove anos na prova. Desde os Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, Petrúcio vence esta disputa em grandes competições internacionais contra atletas da sua classe.

Petrúcio Ferreira conquista ouro em Paris | Foto:Douglas Magno/CPB

História

O paraibano que hoje tem 27 anos, é filho de agricultores da zona rural da pequena cidade de São José do Brejo do Cruz, na região de Catolé do Rocha, no Sertão paraibano. Ele que sempre acompanhava os pais quando criança, com menos de dois anos de idade, veio a perder uma mão e uma parte do antebraço ao sofrer um acidente em uma forrageira que seu pai usava para moer capim para o gado.

Petrúcio nunca deixou se abater com a perda do membro e sempre enfrentou com naturalidade as dificuldades da vida.

Ele cresceu e como amante do futebol foi visto por um dos organizadores de um campeonato de jogos escolares na cidade de Patos, o qual indicou o atleta para Pedro Almeida, técnico da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e a partir daí deu-se início a sua carreira.

Orgulho de ser Nordestino – Durante entrevista ao Globo Esporte (vídeo abaixo), Petrúcio fala com orgulho de sua cidade natal e do Nordeste. “Sou muito orgulhoso das minhas origens, das minhas raízes, porque eu acho que tudo isso que eu vivi, que eu passei, a minha infância sofrida, minha família batalhando muito, tudo isso serviu como uma moldura, um combustível para o Petrúcio”, disse o atleta.

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