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Padre Janilson fala da viagem que fez a Portugal, Espanha, Itália e Jerusalém

O administrador da Paróquia de São João Bosco relatou toda a sua emoção ao visitar os lugares santos

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19/07/2010 às 10h37

O Padre Janilson Rolim que é o administrador da Paróquia de São João Bosco, em Cajazeiras, prestou entrevista ao Portal “Diário do Sertão”, onde falou sobre sua recente viagem à Portugal, Espanha, Itália e Jerusalém (Terra Santa) que durou 21 dias, com uma comitiva de 53 peregrinos.

O sacerdote que também é coordenador do curso de Filosofia da FAFIC (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras), relatou toda a sua emoção ao visitar os lugares santos como os locais por onde Jesus Cristo passou e as terras de Santa Rita de Cássia e de São Francisco.

Diário do Sertão: Padre Janilson, o que o senhor achou da viagem à Portugal, Espanha, Itália e Jerusalém (Terra Santa), que durou 21 dias com uma comitiva de 53 peregrinos?

Padre Janilson: Passamos primeiramente pela Itália, seguimos pela Terra Santa (Jerusalém) e voltamos pela Espanha e Portugal. Foi muito interessante. Nova cultura e novos estilos, o relacionamento humano também é bastante diferente. Alguns tabus foram quebrados de perceber como aquele povo europeu, historicamente possui tantas denominações, ou seja, é um povo nacionalista. Com isso percebi a diferença entre os europeus e os brasileiros. O povo brasileiro é acolhedor por natureza, e eu sempre soube que os italianos são muito nacionalistas, pois eles não desejam aprender outra língua, e para as pessoas que forem visitar o país deles é necessário que aprendam italiano. Diferente de todos nós, que desejamos falar de qualquer forma espanhol ou inglês, o que prova que nós somos acolhedores, já eles não, pois se você não souber falar italiano, dificilmente será bem atendido em um restaurante, ou em qualquer loja. Já que nós não sabíamos falar italiano, tínhamos um guia e falávamos sempre um inglês no sentido de língua universal, mas como tem um grande número de estrangeiros que moram em Roma, por uma questão de sobrevivência todos eles falam inglês. Um detalhe muito interessante que aconteceu conosco, foi um mendigo da Nicarágua que chegou falando em inglês e espanhol, nos perguntou se sabíamos falar estas línguas, então pra você ver, se este mendigo morasse no Brasil e falasse duas línguas, ele não estaria pedindo esmolas pelas ruas, então isso pra mim foi muito interessante.

Diário do Sertão: Como foram as visitas aos lugares santos?

Padre Janilson: Visitamos quatro basílicas e os santuários que estavam no nosso roteiro, tivemos uma audiência com o Papa Bento XVI, participamos de uma grande celebração em que muitos fiéis de Cajazeiras acompanharam pela TV, tivemos algumas audiências, que teve a presença de um grande número de sacerdotes de todo o mundo. Logo depois saímos para outras cidades da região de Roma e fomos na Terra do Milagre Eucarístico, onde o cálice transbordou e as marcas do sangue de Jesus estão lá visíveis, para todo mundo ver, e neste mesmo lugar tivemos a oportunidade de celebrar uma missa. Fomos também à Cássia, a terra de Santa Rita de Cássia, onde o corpo de Santa Rita encontra-se neste lugar, totalmente intacto e perfeito, após 800 anos de sua morte.

Diário do Sertão: Qual foi o momento mais marcante da viagem?

Padre Janilson: Todos os lugares sagrados têm uma mística própria, mas nós tivemos a oportunidade de compartilhar a cidade de Assis, na Itália, a terra de São Francisco de Assis, que é uma cidade que respira uma mística muito grande, pois é praticamente impossível um cidadão, ou até um cristão, chegar à Assis, e não se inspirar com a oração. A terra de São Francisco de Assis nos tocou bastante e diante do seu túmulo e de toda a sua proposta de vivência do Evangelho na Itália. Na Terra Santa, na Basílica do Santo Sepulcro, diante do túmulo onde Jesus foi sepultado, nós tivemos a oportunidade de tocar e beijar àquela pedra sagrada, o que alimentou a nossa esperança de entendermos o quanto o cristianismo é forte e a mensagem de Jesus ainda é tão atual, e como é maravilhosa a nossa fé por ter provas históricas e científicas de que Jesus, o nosso Deus encarnado viveu entre nós, foi homem, e passou por todas as dificuldades, então fica mais fácil de entender uma religião humanizada.

Diário do Sertão: Padre é difícil o acesso aos lugares da Terra Santa, a exemplo dos locais por onde Jesus passou, foi crucificado e sepultado? E para chegar até à praça São Pedro, no Vaticano?

Padre Janilson: É importante entender que tanto a Terra Santa como Roma vive de peregrinismo e turismo, então é tudo muito bem sinalizado e dificilmente um peregrino ou turista vai se perder, e é claro que há a questão dos idiomas é bastante complicado, mas tanto o português como o italiano são línguas de origem latina, e sendo o italiano a língua local, é bastante simples e dá para eles entenderem um pouco. Nós estávamos no restaurante e muitas pessoas nos diziam “Viva Brasil”, por causa da copa. È impressionante como em Belém, Jericó, Cisjordânia e Nazaré (a terra de Jesus), 80% das casas tinham bandeiras por causa da copa do mundo e desse total 75% com a bandeira do Brasil, e até o comércio fechava na hora do jogo. È impressionante como a linguagem do futebol é universal e contagiante. Tanto no Vaticano como em Jerusalém, as placas são todas em inglês, na maior parte das cidades, mas também há placas em espanhol, hebraico, aramaico, alemão, francês e até em português em algumas cidades.

Escute a entrevista do Padre Janilson Rolim no Programa Jornal da Manhã da Rádio Oeste Da Paraíba:

Raquel Alexandre do DIÁRIO DO SERTÃO
 

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