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Engenheiro repreende destruição do teatro ICA em Cajazeiras e critica termo “Terra da Cultura”: “Ninguém lê, só bobagens nas redes sociais”.

O agrônomo atribui a culpa da falta de cultura à classe dirigente que, segundo ele, perdeu totalmente a vergonha.

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04/06/2013 às 19h26

O engenheiro agrônomo, Adalberto Nogueira concedeu entrevista nesta terça-feira (04) na TV Diário do Sertão. Na ocasião, Adalberto analisou a derrubada da Cajazeira localizada no Teatro Íracles Pires em Cajazeiras, no entanto, o agrônomo se mostrou contra a derrubada do teatro e não da árvore. Segundo ele, a árvore realmente podia trazer uma fragilidade ao prédio, entretanto, não entende o motivo de terem destruído o ICA. “Até as cadeiras foram doadas pra Patos. Isso eu critico”, disse.

De acordo com Adalberto, o maior crime ambiental de Cajazeiras é o crescimento desenfreado da cidade, com relação à desobediência civil no que se refere ao solo. Ele aproveitou a oportunidade para aconselhar o novo secretário de Planejamento do município, Joselito Feitosa a pensar no município daqui a quatro mil anos, não daqui a quatro anos.

Trajetória
Cearense, Adalberto Nogueira estudou em Fortaleza, mas se formou em Matemática na cidade de Recife em Pernambuco. Adalberto contou que iniciou no magistério, mas, logo fez vestibular para Agronomia, onde se encontrou. O agrônomo revelou que em sua época de estudante participou de todos os movimentos da universidade. “Boicotes, manifestações, eu era um dos rebeldes”, disse ele.

Adalberto contou que veio parar na Paraíba, mais precisamente na cidade de Cajazeiras, através do concurso da Sudeme. Segundo ele, o salário na época era compensador.

Polêmica
Cheio de personalidade, Adalberto Nogueira declarou que não concorda com o funk e disse ainda que o estado do Rio de Janeiro castra a cultura nacional. “Que cultura é essa que chama a mulher de cachorra? Degradou a imagem do belo sexo”, disse ele. O agrônomo atribui a culpa da falta de cultura à classe dirigente que, segundo ele, perdeu a vergonha.

Com relação aos programas sociais do país, Adalberto disse que os projetos não preveem as consequências maléficas que podem causar ao Brasil, pois, só se pensa nos benefícios políticos. O agrônomo também criticou a educação oferecida atualmente, dizendo que 70% dos universitários são analfabetos funcionais. “Estamos na eminência de um abismo, só não ver quem não quer”, disse.

Cajazeiras
O agrônomo Adalberto Nogueira disse que mora em uma cidade que é tida como Terra da Cultura, porém, ninguém lê. “A cidade quer ser culta sem ler. Quem aqui tem assinatura de um jornal? Só entra nas redes sociais pra ver bobagem”, disse.

DIÁRIO DO SERTÃO

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