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ESPECIAL: Médico cajazeirense diz que nunca quis ser político porque “a política como é feita hoje corrompe”

Em entrevista especial de fim de ano na TV Diário do Sertão, Dr. Constantino Giovanni, que é filho e neto de poetas, se emociona ao assistir depoimentos dos irmãos e do pai

Por Luiz Adriano

19/12/2023 às 18h27

Em mais uma entrevista especial de fim de ano, a TV Diário do Sertão conversou com o cajazeirense Constantino Giovanni Braga Cartaxo, ele que é médico pediatra e reside há muitas décadas em João Pessoa.

Durante mais de uma hora de bate-papo com o apresentador Caliel Conrado, Dr. Constantino recordou sua trajetória de vida desde os tempos de Cajazeiras até alçar voos profissionais para outros lugares. Ele também falou sobre o amor pela medicina, sobre ações de políticas públicas na Paraíba e no Brasil, além de outros temas.

A entrevista foi marcada também por momentos muito emocionantes, onde familiares prestaram homenagens ao cajazeirense que conquistou um espaço importante na história da medicina paraibana, em especial na área pediátrica.

Filho do poeta Constantino Cartaxo e neto do escritor e poeta Cristiano Cartaxo, Dr. Constantino tem sobrenome de impacto na política também. Mas ele explicou por que nunca quis ser político em Cajazeiras ou em João Pessoa.

“Nunca pensei em ser político por um motivo muito simples: a política como é feita hoje, ela corrompe.

“Eles lhe derrubam. O sistema é montado para isso, o sistema é montado para manter aqueles que vivem dentro do sistema. É por isso que herda-se. Política não devia ser profissão, mas ela virou profissão e herdada, porque hoje se você vê os políticos da Paraíba, a maioria é familiar […]. Nós temos clãs familiares que dominam a política na Paraíba e fora da Paraíba”, criticou.

“Política é a busca do bem comum, o acordo. Você tem seus representantes para buscar o bem comum e acho que o bem comum ficou de lado há muito tempo. Você não vê hoje grandes políticas voltadas para o bem comum, é o bem de poucos. Hoje se faz lei para beneficiar determinados grupos”, acrescentou.

Dr. Constantino disse que não consegue enxergar ninguém que lhe chame atenção no meio político e criticou a maneira como o “centrão” faz política no Brasil. Ele disse que o povo carente acaba vendendo o voto por necessidades, mas que “a maior compra de voto está lá em cima. O pobre está negociando a necessidade, só que isso não resolve o problema”, frisou.

Dr. Constantino Giovanni em entrevista exclusiva na TV Diário do Sertão – Foto: TVDS

LEMBRANÇAS DE CAJAZEIRAS

Nascido em 1963, filho do poeta Constantino Cartaxo e Elita Braga. Neto do escritor e poeta Cristiano Cartaxo, Dr. Constantino Giovanni falou das lembranças de seu tempo de criança na terra do Padre Rolim. Para o profissional, o que mais marcou a sua infância e adolescência foi a liberdade que tinha em poder brincar, andar nas ruas da cidade. “A minha maior lembrança de Cajazeiras é exatamente essa, é uma vida de liberdade”, disse Constantino.

Em Cajazeiras, o então garoto que um dia se tornaria um dos maiores médicos pediatras do Nordeste estudou na Escola Nossa Senhora do Carmo, no Colégio Diocesano Padre Rolim e Colégio Nossa Senhora de Lourdes.

COMPORTAMENTO DE ALUNO

Ainda sobre a infância, ele falou de amizades, esportes, grupos de teatro e jogos escolares. “Sempre a gente estava trocando ideias, jogando, tinha boas amizades, boas brigas”, relatou.

Sobre as “boas brigas”, o cajazeirense explicou que, na época, havia uma maneira pura de se ter amizade, em especial na primeira infância, até os 10 anos.

“Naquele tempo era comum, você brigava hoje, amanhã estava de novo todo mundo amigo. Todo mundo tinha apelido, todo mundo brincava com todo mundo, e a coisa caminhava assim”, enfatizou Constantino.

Paixão pelo rádio, amizades da época de escola, grupo de teatro, cinemas e várias outras histórias foram contadas pelo cajazeirense recordando o tempo de adolescência.

PAIS

Dr. Giovanni explicou que seu pai, Constantino Cartaxo, valorizava muito os estudos e os esportes. Sempre muito participativos, tanto a mãe quanto o pai, eram incentivadores dos filhos neste sentido. “Não precisava ser excelente, mas tinha que ter boas notas e tinha que praticar esportes, isso ele sempre valorizou”, disse.

Dr. Constantino Giovanni – Foto: TVDS

PAI E POETA

Dr. Giovanni comentou sobre as poesias de seu pai. Para ele, a arte poética exposta nas entrelinhas das estrofes de autoria de Constantino demonstra a essência da poesia regional, relatando o que foi e o que é a vida no interior.

Ele citou algumas poesias que chamam muita atenção, como “Pôr do Sol em Cajazeiras”, “Engenho de Pau” e uma terceira, que de forma muito engraçada, seu pai retrata a formação do mundo: “É uma poesia que, nas festas infantis lá em Cajazeiras, toda vez que tinha uma festa, eu recitava.”

MEDICINA/PEDIATRIA

O médico lembrou que sua paixão por cuidar de crianças vem desde sua infância. Ele ressaltou que nunca cogitou outro curso a não ser medicina e, em especial, a pediatria.

“Sempre foi uma paixão, medicina, especificamente pediatria. Quando decidi fazer medicina, eu já decidi fazer pediatria […], nunca pensei em medicina que não fosse pediatria”, destacou.

A entrevista durou mais de uma hora na telinha da TV Diário do Sertão – Foto: TVDS

SAÍDA DE CAJAZEIRAS PARA JOÃO PESSOA

Dr. Constantino Giovanni explicou que, na época, o ensino em Cajazeiras só era até o antigo “científico”, atual ensino médio. Devido à falta de outros curso superiores, ele teve que se deslocar para João Pessoa e acabou ficando na Capital, onde fez faculdade.

Dr. Giovanni é casado com uma cajazeirense que já era sua amiga de infância e morava na mesma rua que ele. Ambos começaram a namorar ainda na adolescência, com cerca de 16, 17 anos.

ESPECIALIZAÇÕES E APROVAÇÃO EM CONCURSO DA UFPB

Após terminar faculdade em João Pessoa, o cajazeirense passou 2 anos em Santos (SP), onde fez residência em pediatria. Em seguida, fez especialização em São Paulo para Terapia Intensiva Infantil e Pneumologia Infantil, ficando assim com as três especializações.

Na época, a então namorada, que hoje é sua esposa, fazia fisioterapia, e no último ano em que ele estava em São Paulo, ela foi fazer um estágio na Santa Casa, na Capital paulista.

Logo após terem concluído seus compromissos profissionais em São Paulo, ambos voltaram juntos para Cajazeiras, onde planejavam morar. No entanto, foi quando surgiu um concurso para professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) no ano de 1990. Ele foi aprovado e passou a morar de vez na Capital paraibana, onde é professor universitário até hoje.

Dr. Constantino Giovanni expôs sua opinião nos mais diversos temas como: política, religião e outros – Foto: TVDS

FÉ E RELIGIÃO

Quanto à religião, o pediatra diz ser católico. No entanto, por questões pessoais, se afastou um pouco das missas. “Vou, mas não sou uma pessoa de estar frequentando todos os domingos.”

“Mágoa nenhuma, só um entendimento mesmo do que é religião. Acho que religião é você gostar do outro, é você querer que o outro seja bom, que o outro esteja bem, que você possa partilhar o seu melhor com o outro. Acho que a intermediação é importante, mas não é ela que dita o seu caráter de religiosidade”, opinou o médico.

“Sou um grande leitor da Bíblia, adoro ler a Bíblia. Sou fã incondicional da figura de Jesus, sem dúvida nenhuma, mas acho que o grande preceito dele não foi a formação da igreja, o grande preceito dele foi saber dizer como amar ao próximo. Eu acho que é a grande lição que fica, pelo menos para mim, na minha vida”, acrescentou.

Dr. Giovanni discorreu sobre a saúde pública, tanto no âmbito estadual quanto nacional – Foto: TVDS

SAÚDE NA PARAÍBA E NO BRASIL

O médico Pediatra também deu sua opinião quanto à saúde na Paraíba e também a nível nacional. Ele disse que quando se fala em saúde, é necessário separar duas coisas: o que é a saúde primária e a hospitalar, que seria a secundária e terciária.

A primária, segundo ele, tem se expandido com novas faculdades, formação de médicos no interior, tudo isso com um grande potencial de formação médica. “Esses médicos, eles podem cumprir o atendimento primário de forma muito tranquila”, explicou.

“O atendimento secundário e terciário ele não está estruturado para isso. Essa estrutura precisa ser montada […]. É uma estrutura de protocolo de atendimento”.

Ele deu exemplo de uma pessoa que sofre um infarto em Cajazeiras e se porventura não resolver na cidade, teria que ter “critérios e protocolos” para transferir para outro município.

“A saúde tem que ser vista como uma saúde de primário, secundário e terciário” – Constantino Giovanni, médico cajazeirense.

Dr. Giovanni disse que a preocupação gira muito em torno do fator terciário porque segundo ele, “isso dá visibilidade. ‘Eu vou abrir um hospital em tal canto, vou abrir um posto de saúde em tal canto […]’, isso dar visibilidade, mas isso não dar funcionalidade. Oitenta por cento ou mais dos problemas da população é para ser resolvido na atenção primária. A atenção secundária e terciária é um funil. Hoje você ver ambulatórios de hospitais lotados de pessoas que era para estar sendo atendido na atenção primária, que como a atenção primária não é organizada para isso, eles acabam indo para o ambulatório. Isso a gente vivencia não só na saúde pública, mas na saúde privada”, exemplificou com detalhes.

Participação do irmão de Dr. Giovanni, Constantino Júnior – Foto: TVDS

SURPRESAS – HOMENAGENS

Dr. Constantino Giovanni foi pego de surpresa em um dos momentos mais marcantes da entrevista. Familiares mandaram mensagens e falaram o quanto ele representa para a família.

Um dos depoimentos que foi marcado por muita emoção foi o de seu irmão, Constantino Júnior. Ele falou sobre a infância dos dois em Cajazeiras e não se conteve ao dizer o quanto Dr. Giovanni representa, não só para ele como irmão, mas para toda a família.

“Você tem trazido muito orgulho para gente, seus familiares. Através de seu esforço, de seu trabalho, você conquistou espaços na sua área médica, conquistou respeito, é uma referência na medicina quando se fala em pediatria na nossa Paraíba, e por que não dizer no Nordeste e no Brasil? Você, com suas pesquisas, tem trazido muita contribuição à pediatria”, disse Júnior.

A segunda participação foi de Charmênia Cartaxo, irmã do médico. Ela se emocionou bastante e destacou que Dr. Giovanni “tem uma característica muito importante que é a resiliência e uma forma muito bem humorada de lhe dar com algumas questões”.

Charmênia Cartaxo, irmã de Dr. Giovanni – Foto: TVDS

“Giovanni gosta de dançar, gosta de cantar, gosta de estar com pessoas, mas a característica que eu conheço de Giovanni mais importante em todos os aspectos da vida dele, é a generosidade, a forma como ele se disponibiliza para estar conosco, a família, amigos, trabalho…”, diz Charmênia.

Completando os depoimentos dos irmãos, Charlênia Cartaxo falou de sua performance como médico e disse que por onde ela passa, recebe o carinho das pessoas ao relatar a postura de Dr. Giovanni como um bom pediatra.

Charlênia Cartaxo, irmã de Dr. Giovanni – Foto: TVDS

“É aquela pessoa que nasceu com uma missão e cumpre esse papel muito bem. Alguém que se sente feliz de ajudar os outros, de participar de alguma forma da vida dessas crianças que precisam dele, e que só dar orgulho, principalmente nos relatos que a gente tem de pais e dos próprios pacientes”, relatou.

Quem também participou das homenagens foi Dr. Gilvan Cruz, ex-aluno e colega de profissão de Dr. Giovanni. Ambos se conhecem desde 1998.

“É uma das pessoas que eu conheço que mais tem dedicação ao paciente e eu acho que é o médico que eu conheço que mais gosta de estudar medicina”, disse Dr. Gilvan.

Dr. Gilvan Cruz, ex-aluno e colega de trabalho do Dr. Giovanni – Foto: TVDS

FILHOS E NETO

Dr. Giovanni tem dois filhos e um netinho. Rodrigo, pai de Felipe, é formado em Administração e tem pós graduação. Isabel mora em Portugal e faz mestrado em desenho animado de ilustração.

Rodrigo Cartaxo falou em nome de sua mãe, e de sua irmã que está em Portugal. Em um momento muito emocionante, Rodrigo enalteceu a postura de seu pai como médico e confidenciou uma conversa que os dois tiveram sobre amizade.

“Eu lembro de uma vez em que meu pai falou assim para mim em uma conversa que a gente teve: ‘meu objetivo é ser seu melhor amigo’, e eu disse para ele: pai, é impossível, porque você é muito mais do que isso, você é meu pai, isso passa qualquer nível de amizade que uma pessoa possa ter com a outra”, disse Rodrigo.

Participação emocionante do filho de Dr. Giovanni, Rodrigo Cartaxo – Foto: TVDS

Contagiado pela emoção do momento, Dr. Giovanni elogiou seus filhos e disse que sempre procura estar presente na vida deles. “Dois filhos excelentes. Nunca tive nenhum problema com eles. Estou sempre com eles, sou aquele paizão. Nunca permiti que o trabalho tirasse o tempo com a família”, se emocionou.

HOMENAGEM DOS PAIS

Dona Maria Elita Braga, mãe de Dr. Giovanni, com 89 anos de idade, não hesitou em homenagear seu filho. “Parabéns Giovanni pelo filho que você é, pelo profissional e por tudo que você faz pelos seus clientes e por nós todos. Agradecemos a Deus pelo médico que você se tornou, dedicado a sua profissão”, disse sua genitora.

Já Constantino Cartaxo, 90, fazendo jus ao dom da poesia, fez uma homenagem recitando:

“E é por isso que depositam em você, a confiança
e você tem a esperança
de aos poucos compreender
que leva a toda criança
o direito de viver”

“Seja feliz meu filho”, recitou seu Constantino Cartaxo.

Dona Maria Elita Braga e seu Constantino Cartaxo, pais do Dr. Giovanni – Foto: TVDS

Dr. Giovanni, mais uma vez, se emocionou ao falar da importância dos pais na sua vida. “Meu pai e minha mãe foram marcos na vida da gente, muito especiais, tanto pela forma de conduzir a vida da gente, deles. A minha mãe sempre com a dedicação 100% aos filhos e de uma forma muito amorosa, muito afetiva, eu acho que isso aproximou muito a gente. E meu pai, o trabalhador, a visão do trabalho, aquele que se orgulha de nunca ter se atrasado um dia para chegar no Banco do Brasil aonde ele fez a vida dele […]. Tenho um orgulho imenso dos meus pais”, disse.

“Tenho a oportunidade de tê-los aqui e todos os dias passo lá […]. Sem passar lá, o dia não tem graça” – Constantino Giovanni, sobre visitar os pais

JOGO DE PALAVRAS

O apresentador Caliel Conrado conduziu toda a entrevista – Foto: TVDS

O apresentador Caliel Conrado promoveu um jogo de palavras onde o entrevistado poderia responder com uma palavra e também teria a oportunidade de justificar sua resposta.

Cajazeiras – “Amor”
João Pessoa – “Trabalho”
É um homem feliz? – “Muito”
Tem algum sonho a ser realizado? “De ver meus filhos progredirem mais do que eu consegui”
Livro de cabeceira – Um que fala sobre criança e que lhe fez refletir muito
Nas horas vagas gosta de fazer: “Tocar violão – MPB e o que vier na cabeça, mas escondido, em casa, só para ficar ali brincando”
Comida preferida – “Macarrão, massa em geral”
Razão ou emoção – “Emoção”
Se pudesse fazer um pedido especial a Deus e esse pedido fosse concedido, qual seria? – “Que as pessoas se amassem mais, se respeitassem mais e que entendessem que você não precisa estar certo, você só precisa ter opinião”
Seu herói é: “Meu pai”
Seu anti-herói: “Político”
Família: “Razão de viver”
Amor: “Minha esposa”
Ódio: “Não tenho”
Arrependimento: “Não vejo nada”, mas segundo Dr. Giovanni, talvez uma das coisas que poderia ter feito e perdeu a oportunidade de fazer, foi agradecer pessoalmente ao Dr. Ulisses Pinto.

Dr. Giovanni explicou que Dr. Ulisses Pinto saiu de Campina Grande para lhe atender em Cajazeiras quando ele teve Difteria, devido a falta de vacina em Cajazeiras, na década de 60. Conforme o relato, o médico fez uma traqueostomia no então paciente.

Ainda segundo Dr. Constantino Giovanni, duas enfermeiras foram com o médico e ensinaram seu pai a lhe aspirar. “Fiquei traqueostomizado um período em Cajazeiras na década de 60, e esse senhor, esse médico, a pedido do meu tio Sabino, saiu de Campina a Cajazeiras para fazer isso, e isso talvez seja o grande exemplo para mim do que é ser médico, essa dedicação que ele teve”, disse emocionado.

MAIOR PRÊMIO

Sobre o maior prêmio de ser pediatra, Dr. Giovanni falou da satisfação em poder ver a melhora na vida das crianças quando são recuperadas.

“Ver a alegria da criança quando você a recupera. Os pais ficam gratos a você, mas a criança ela tem uma forma diferente de lhe dar com você. Muitas vezes ela lhe abraça, ela é afetiva, ela lhe dar carinho, mas na grande maioria das vezes, o olhar da criança que você recupera de um problema de saúde é muito mais gratificante, é imensamente mais gratificante do que qualquer outra coisa que você tenha”, compartilhou o sentimento.

A entrevista perdurou por mais de uma hora na telinha da TV Diário do Sertão – Foto: TVDS

QUEM É DOUTOR CONSTANTINO GIOVANNI

“Me considero uma pessoa esforçada. Nunca consegui nada de graça, nunca consegui nada que não fosse com muito esforço, mas aprendi na vida duas coisas que são fundamentais: um, é que a família é tudo que a gente tem […], e, uma pessoa que se esforça para tudo, que sai de casa na certeza de que o dia de hoje pode ser bom, eu posso ser bom com o outro, eu posso ajudar o outro, e eu queria sinceramente que as coisas fossem assim, acho que o mundo era melhor se fosse assim”, falou o médico Pediatra cajazeirense.


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