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Poetisas de São João do Rio do Peixe, mãe e filha ficam em 1º e 2º lugar em concurso de poesia nacional

Para surpresa da são-joanense, Maria Aparecida Cardoso, que também é colunista do Diário do Sertão, sua filha, Talita Ingrid de Sousa Cardoso, ficou em segundo lugar no certame

Por Luiz Adriano

11/06/2024 às 12h11 • atualizado em 11/06/2024 às 12h16

À esquerda, Maria Aparecida de Sousa Cardoso (mãe), e à direita, Talita Ingrid de Sousa Cardoso (filha) - Foto: arquivo pessoal

A professora Maria Aparecida de Sousa Cardoso, da cidade de São João do Rio do Peixe, no Alto Sertão paraibano, é a campeã do concurso de poemas “POESIA VIVA 2024”.

A vencedora que também é colunista do Diário do Sertão, conseguiu a façanha de vencer o certame que tinha candidatos de todo Brasil.

De todos os inscritos, os poemas foram selecionados pela comissão julgadora entre os 10 melhores. Após escolhidos o top 10, a escolha dos três primeiros se deu através de curtidas no Instagram.

Para surpresa da são-joanense, sua filha, Talita Ingrid de Sousa Cardoso, ficou em segundo lugar no concurso.

Este é o segundo certame de poesias que Maria Aparecida Cardoso consegue ficar em primeiro lugar. Em fevereiro deste ano, ela conseguiu ser campeã do concurso de poemas TURMALINA 2024.

A Câmara de Vereadores de São João do Rio do Peixe aprovou uma moção de aplausos para as poetisas em sessão realizada no último dia 7.

Confira abaixo os poemas vencedores:

DESPIDO DE AMOR

Na calçada, na rua
Desprovido de tudo
Nenhum cobertor
Nenhum sobretudo.

Sua mente flutua
Seu ego entristece
Sem pai e sem mãe
O menino padece.

Pensa sobre a vida
Coração em pedaços
Descalço e com fome
Vagueia sem laços.

Não sabe onde ir
Não tem endereço
Alto preço paga
Por não ser de berço.

Sem perspectiva
Sem rumo e sem teto
A árvore é sua casa
Deus, seu arquiteto.

O banco da praça
Nem sempre é seu leito
Às vezes ocupado
O sono é desfeito.

Leva uma vida dura
Essa é sua sina
Vê tanta gente, mas
Ninguém se aproxima.

A má sorte e o medo
Chuvas finas, temporais
Isso tudo, o menino
Conhece demais.

Entre o dia e a noite
Para o pobre menino
Não há diferença
Segue o seu destino.

No sinal na avenida
Embaixo do viaduto
Sua presença marcante
Aos passantes é insulto.

Debaixo da árvore
Deitado no orvalho.
As folhas úmidas e frias
Servem-lhe de agasalhos.

Invisível aos olhos do mundo
Vida sem sabor
Assim cresce o menino
Despido de amor.

Vida calejada
Calos transparentes
Pois os duros calos
Estão em sua mente.

Pedindo uma esmola
Por toda a cidade
Não tem documento
Nem sabe a idade.

A indiferença
Lhe causa horrores
Ninguém vivencia
Suas grandes dores.

E segue na estrada
Sem se sentir gente
Se morrer não faz falta
É mais um indigente.

Maria Aparecida Cardoso


Fases da Lua

Lá vem ela vislumbrando
Logo ali.
Mais bonita, nunca vi.

Ela é inspiradora
Cada fase…
Encantadora!

Mesmo com pouca luminosidade
a lua nova nos traz serenidade!
Com seu brilho magnificente,
nasce ao meio dia,
a lua crescente!

Já a lua cheia
É deslumbrante
Totalmente iluminada
É exuberante.

Representando o fim do ciclo lunar
É a lua minguante
Com apenas uma face iluminada
Não a torna insignificante.

Não Importa a fase
Iluminando a escuridão
É cenário perfeito
Para uma grande paixão.

Talita Ingrid de Sousa Cardoso

Confira o resultado oficial do concurso:

SHOW DIÁRIO

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