VÍDEO: Primeiro debate entre mulheres, Galega e Laís discutem “traições” e projetos para Poço José de Moura
O debate desta segunda-feira (9) na TV Diário do Sertão foi com as candidatas a prefeita do município de Poço de José de Moura, Galega de Raimundão (PSDB) e Laís Raquel (PSB)
O debate desta segunda-feira (9) na TV Diário do Sertão foi com as candidatas a prefeita do município de Poço de José de Moura, Galega de Raimundão (PSDB), do grupo de situação; e Laís Raquel (PSB), da oposição. A mediação foi do âncora do programa Olho Vivo, José Dias Neto. Os comentários finais foram do radialista Elias Júnior, da Difusora AM.
Ao todo serão 23 debates com os candidatos de 21 municípios e, pela primeira vez, com os candidatos a vice-prefeito de Cajazeiras e Sousa.
Os eventos têm parceria da Estação Mais FM, Rádio Líder FM, OAB de Cajazeiras e Associação Paraibana de Imprensa (API).
Este projeto envolve uma equipe de mais de 70 profissionais e todas as despesas são custeadas pelo Sistema Diário de Comunicação. Nenhum candidato tem vínculo com esta empresa ou com este evento.
Segundo bloco (temas sorteados)
EMPREGO E RENDA
No segundo bloco, quando começam as perguntas entre si, Galega de Raimundão quer saber o que Laís Raquel tem de propostas para fomentar emprego e renda no município.
Primeiro, Laís ressalta que não existem obras no setor de construção civil em Poço de José de Moura. Depois, ela prometeu buscar recursos junto aos governos estadual e federal para modernizar a cidade, investir no turismo, incentivar a agricultura e fortalecer as associações e o cooperativismo.
Galega assegura que tem obras em Poço, mas enfatiza que somente a construção civil não garante empregos e renda suficiente; e que é preciso incentivos fiscais para atrair empresas.
Laís afirma que as obras que às quais Galega se refere são de gestões anteriores; e que a cidade tem infraestrutura obsoleta, sobretudo nas escolas. Ela prometeu implantar um programa microcrédito para incentivar cidadãos, especialmente os mais jovens, a abrir o próprio negócio.
EDUCAÇÃO
Laís Raquel questiona como está sendo utilizado atualmente um laboratório que foi inaugurado em 2023, com recursos na ordem de R$ 600 mil e em que aspecto o equipamento está contribuindo para a aprendizagem dos estudantes.
Galega de Raimundão afirma que o laboratório está funcionando, mas Laís não sabe porque residia em Triunfo antes da campanha eleitoral. Ela diz ainda que as escolas foram ampliadas, têm profissionais multidisciplinares, merenda de qualidade e oficinas de extensão educacional.
Laís Raquel responde que o laboratório não está funcionando e que a população reclama do desempenho do município no Ideb. Ela ressalta que educação de Poço de José de Moura “vive em atraso” porque não tem planejamento pedagógico e nem incentivo aos professores.
Galega reage afirmando que há, sim, planejamento pedagógico e capacitação de professores. Quando à queda no Ideb, Galega justifica que isso ocorreu porque estudantes foram reprovados devido ao período da pandemia, em que eles só tiveram aulas remotas e isso impactou na aprendizagem.
Terceiro bloco (temas livres)
SAÚDE
A candidata Laís Raquel indagou como Galega planeja melhorar o acesso aos serviços de saúde nas áreas urbana e rural, visto que, segundo Laís, falta médicos e exames de média e alta complexidade na rede municipal de saúde.
Galega de Raimundão afirma que o município dispõe de médicos de várias especialidades atendendo de segunda a sábado, das 7:00 às 19:00, na zona urbana, e de terça a sexta em PSF’s de comunidades rurais, além de laboratório de coleta e transporte de pacientes para outras cidades quando é necessário. Ela prometeu, ainda, trazer profissionais médicos de especialidades das quais a cidade ainda não dispõe.
DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIOS
Na sua vez de fazer a pergunta, Galega de Raimundão diz que várias pessoas que aderiram ao grupo político de Laís Raquel pediram demissão da Prefeitura de Poço de José de Moura e foram contratados na Prefeitura de Triunfo, cujo prefeito é marido de Laís. Galega pergunta, então, se a adversária pretende trazer esses servidores de volta a Poço ou levar servidores de Triunfo, caso ela seja eleita.
Laís alega que os funcionários da Prefeitura de Poço de José de Moura pediram demissão porque não eram respeitados pela gestão, se sentiam perseguidos, e logo aderiram a ela por acreditarem nas suas propostas de valorização do funcionalismo.
Quarto bloco (segmentos sociais)
ECONOMIA DO SETOR CULTURAL
No bloco reservado a representantes da sociedade civil, a primeira a fazer a pergunta foi Rafaela Lopes, cofundadora da ONG Pisada do Sertão. Ela quer saber quais propostas as candidatas têm para o desenvolvimento econômico sustentável por meio do setor cultural.
Laís Raquel promete buscar recursos financeiros para incentivar e valorizar artistas e produtores de culturais, bem como fomentar o turismo. Ela disse que pretende instalar um centro cultural com oficinas e uma praça de lazer e cultura.
Galega de Raimundão ressaltou a importância de fortalecer o setor e disse que quer resgatar festas tradicionais e fortalecer os festejos juninos.
MELHORAR IDEB
O professor Laurindo Duarte voltou a citar a queda no Ideb de Poço de José de Moura e indagou às candidatas quais estratégias elas apresentam para melhorar a educação municipal.
Galega de Raimundão voltou a alegar que o índice caiu porque estudantes foram reprovados devido ao período da pandemia, em que eles só tiveram aulas remotas e isso impactou na aprendizagem.
Após sua alegação, Galega questionou à direção do debate por que, segundo ela, as duas pessoas escolhidas para perguntar são aliadas do grupo político de Laís Raquel. O apresentador José Dias Neto recordou à participante como ocorreu previamente a definição de regras e ressaltou que a direção não toma conhecimento das escolhas políticas dos representantes de segmentos sociais.
Laís Raquel, por sua vez, diz que, se for eleita, sua gestão irá reestruturar as escolas, capacitar professores e monitorar alunos e professores através de coordenadores pedagógicos.
Quinto bloco (temas livres)
“CAPRICHO DO ESPOSO”
No quinto bloco, Galega de Raimundão questiona se o projeto político e de gestão da candidata Laís Raquel é interessado no bem-estar da população ou é apenas para atender a um “capricho” do esposo, o prefeito de Triunfo, Espedito Filho (PSB), que rompeu com o prefeito de Poço, Paulo Braz (PSB), e lançou a espoca como candidata.
Laís responde que não tinha o objetivo nem a vaidade de ser candidata a prefeita de Poço de José de Moura nessas eleições, mas atendeu ao anseio da população que, segundo ela, foi abandonada pelo atual prefeito.
“Não é um interesse pessoal. Eu serei prefeita para trabalhar por minha cidade, para fazer o melhor pela população, porque eu tenho competência e capacidade para isso. Não é uma questão de vaidade e nem por status”, rebateu Laís.
Na réplica, Galega de Raimundão questiona por que até outubro, Laís e o marido consideravam a gestão do prefeito Paulo Braz a melhor da região e agora não acham mais. A candidata da situação também afirma que no processo de rompimento, Laís e o marido teriam traído o prefeito e “tomado” o PSB, o que teria resultado perseguição e exonerações de antigos aliados em cargos estaduais. “O que você tem a dizer a esses pais e essas mães de famílias que foram demitidos dos seus empregos e dependiam dessa renda para levar o pão de cada dia para a mesa das suas famílias?”, pergunta Galega.
Na tréplica, Laís Raquel alega nunca ter traído ninguém e diz que nunca declarou que o prefeito de Poço de José de Moura é o melhor gestor da região. Mas, sim, o próprio marido dela,. Sobre ter traído o prefeito de Poço, Laís Raquel sugeriu que Galega pergunte ao próprio gestor quem realmente foi o traidor no processo rompimento.
É EMPRESÁRIA OU NÃO?
Na sua vez de perguntar, Laís Raquel afirma que Galega de Raimundão, ao registrar a candidatura, declarou à Justiça Eleitoral ser empresária, mas não consta na Receita Federal nem no TCE alguma empresa em nome dela. Laís pede que Galega explique essa questão e também por que a adversária tem um “patrimônio alto” de bens.
Galega justifica que é empresária porque administra as empresas do marido. Ela nega que tenha declarado “patrimônio alto, diz que é de família humilde e insinua que Laís e o marido é que teriam acumulado riqueza com a política.
Laís conclui, portanto, que o marido de Galega é que é empresário. E pergunta se ele tem CNPJ, se paga impostos e de onde vem o alto padrão de vida de Galega, já que ela diz ser pobre, mas “só anda de carro de luxo”.
Galega de Raimundão responde que, seja qual for o carro em que ela esteja, ele foi comprado com o dinheiro de anos de trabalho do marido, não com dinheiro público acumulado por meio de política. Ela também garante que as empresas são declaradas e os funcionários registrados.
DIÁRIO DO SERTÃO
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