header top bar

section content

VÍDEO: Sindicato culpa governos Temer e Bolsonaro por precarização que motiva greve dos institutos federais

Servidores administrativos e docentes lutam por reestruturação das carreiras; recomposição salarial e revogação das normas aprovadas pelos governos anteriores

Por Luis Fernando Mifô

27/03/2024 às 17h15 • atualizado em 27/03/2024 às 17h22

Uma assembleia marcada para acontecer na cidade de Itaporanga, no Sertão do Estado, nesta quarta-feira (27), definirá se o restante dos campi do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) vai aderir à greve nacional dos servidores administrativos e docentes que vai ocorrer a partir do dia 3 de abril. A tendência é que eles sigam a decisão tomada no campus de João Pessoa. Até o momento, aderiram à greve os campi de Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, João Pessoa, Monteiro, Patos, Picuí e Sousa.

Os profissionais lutam por reestruturação das carreiras; recomposição salarial; revogação de todas as normas aprovadas pelos governos Temer e Bolsonaro; recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

Enver José, do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (SINTEFPB), disse no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, que a aprovação massiva em João Pessoa, com 263 votos a favor da greve, 15 contra e 9 abstenções, mostra “a indignação dos servidores diante do descaso, principalmente em relação à questão salarial”.

Enver explica que nos últimos 8 anos, a categoria recebeu apenas 9% de reajuse salarial, que aconteceu no ano passado. Isso significa menos de 1% de reajuste por ano. O sindicato culpa os governos Temer e Bolsonaro pela defasagem e precarização dos trabalhadores dos IF’s.

“É importante frisar que o governo atual pouco tem culpa no cartório porque, principalmente, os governos anteriores não deram nenhum tipo de reajuste. Então, a gente está fazendo greve não por esse governo necessariamente, mas pelo acumulado dos anos que se passaram e que a gente não recebeu nenhum reajuste salarial”, afirma Enver.

Assembleia com servidoras do IFPB de João Pessoa (Foto: Divulgação/SINTEFPB)

De acordo com o sindicalista, o governo atual propõe 0% de reajuste salarial em 2024 (apenas reajuste no auxílio alimentação); 4,5% em 2025 e mais 4,5% em 2026. Embora lamente ter que prejudicar o ano letivo dos estudantes, o sindicato não pretende aceitar essa proposta do governo e vai mesmo aderir à greve.

“Não é uma coisa que a gente queria fazer, porque de fato prejudica o aluno. O aluno queria se formar. Mas a gente precisa trabalhar e ter condições adequadas para isso, e por causa disso ter um bom salário. Não adianta os servidores trabalharem mal remunerados. Os servidores precisam pagar os boletos. Então, a gente está fazendo greve por isso. E a gente pede a compreensão da comunidade, dos pais, dos estudantes, e dizer que a gente quer sair o mais rápido possível dessa greve. Agora, o governo precisa atender às nossas reivindicações”, enfatiza Enver José.

PORTAL DIÁRIO

Recomendado pelo Google: