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VÍDEO: Com comemorações e também críticas, Câmara dos Deputados aprova texto-base do novo ensino médio

O projeto manteve o aumento da carga horária da formação geral básica para 2.400 horas, somados os três anos do ensino médio, para alunos que não optarem pelo ensino técnico, entre outros tópicos

Por Portal Diário e Agência Câmara

21/03/2024 às 15h38 • atualizado em 21/03/2024 às 15h49

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20) a nova reforma do ensino médio. De acordo com o relator do projeto, deputado Mendonça Filho (União-PE), o objetivo é adequar as alternativas de formação dos estudantes à realidade das escolas. O texto muda alguns pontos da reforma do ensino médio de 2017 (Lei 13.415/17) e será agora enviado ao Senado.

O projeto manteve o aumento da carga horária da formação geral básica para 2.400 horas, somados os três anos do ensino médio, para alunos que não optarem pelo ensino técnico.

A carga horária total do ensino médio continua a ser de 3.000 horas nos três anos (5 horas em cada um dos 200 dias letivos anuais).

Para completar a carga total nos três anos, esses alunos terão de escolher uma área para aprofundar os estudos com as demais 600 horas, que pode ser linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias ou ciências humanas e sociais aplicadas.

O ministro da Educação, Camilo Santana, acompanhou a votação da proposta e disse que o diálogo garantiu a aprovação das 2.400 horas de formação geral básica, que é, segundo ele, a essência do projeto, além de garantir o ensino técnico profissionalizante.

Ele afirmou que, durante a consulta pública feita pelo Ministério da Educação em 2023, 80% dos estudantes defenderam o ensino técnico profissionalizante integrado com o ensino médio.


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Ministro Camilo Santana acompanhou votação no Plenário (Foto: Caio D’Arcanchy/Câmara dos Deputados)

A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) concordou com as 2.400 horas para formação geral básica, mas lamentou que os estudantes do ensino técnico tenham apenas 1.800 horas. “É fundamental que se tenha a oportunidade de escolher qualquer formação técnnica profissional que se deseja, mas isso não pode prescindir do direito de ter uma formação geral básica”, disse.

Ela também criticou o trecho do texto que trata das parcerias que o Estado pode fazer para garantir a formação técnica, pois, segundo a deputada, o poder público vai preferir a rede privada. “A gente sabe justamente quais são os setores que fazem lobby desde a aprovação do novo ensino médio [em 2017]. São justamente setores que querem aumentar a sua margem de lucratividade sobre a formação mais precarizada dos nosso jovens”, disse.

Sâmia, ainda, condenou a exclusão da necessidade de formação dos educadores. “A gente está falando de uma desculpa para rebaixamento de salários. É disso que se trata exigir somente o ‘notório saber’ para os educadores na sala de aula.”

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