Universitários da Paraíba desenvolvem carro elétrico e fazem “vaquinha” para participar de disputa nacional; Estudante do Sertão integra equipe
A equipe de engenharia elétrica é comandada pelo professor Euler Macedo e os mesmos estão fazendo uma “vaquinha virtual” para comprar os equipamentos.
O jovem Dalison Figueiredo (foto acima), da cidade de Itaporanga, no Sertão da Paraíba, estudante de Engenharia Elétrica na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, integra equipe que desenvolveram um carro elétrico de corrida, que até o momento é o único carro do Norte-Nordeste a participar de uma competição nacional. Em 2016 ficaram em nono lugar apenas com o projeto do modelo. Entretanto, para chegar no evento em São Paulo este ano, os universitários precisam de pelo menos R$ 23 mil que os separam de conseguir todo o equipamento necessário para as corridas.
A equipe é composta por é composta pelos alunos: Gabriel Dalmolin (capitão da equipe), Felipe do Ò (líder da subequipe de motor) Samuel Arruda (coordenador da equipe Business), João Inocêncio (equipe de freios) e Dalison Figueiredo (subequipe de baterias), dentre outros.
A equipe de engenharia elétrica é comandada pelo professor Euler Macedo e os mesmos estão fazendo uma “vaquinha virtual” para comprar os equipamentos dos dois pilotos – que somam mais de R$ 9 mil – e ainda freios e suspensão para o carro elétrico da equipe Fórmula-E da UFPB. Quem quiser ajudar para o avanço da ciência, acesse o site para contribuir financeiramente clicando aqui.
O projeto inteiro reúne mais de 45 estudantes de engenharia elétrica, mecânica, administração e design. “As roupas custam caro porque precisam ser à prova de chamas, resistentes e certificadas pela Fia [Federação Internacional de Automobilismo]”, conta o professor.
Carro elétrico
O protótipo desenvolvido pelos estudantes alcança até 130 km/h e tem autonomia de 48 km com a carga completa da bateria. Euler conta que a bateria tem um modo de carga rápida em que o carro carrega 40% em até 50 minutos e a carga total é em seis horas.
Segundo o professor, a bateria e o motor do carro são os maiores centros de custo do Fórmula-E, que já alcança a cifra dos R$ 250 mil investidos no projeto. “Pelo orçamento inicial, o projeto seria mais barato. Mas com o aumento do dólar, o motor que ia custar em torno de R$ 45 mil, saltou para R$ 75 mil”, relata Euler.
As principais peças – e mais caras – foram financiadas pela Universidade e o professor conta que os alunos é que fazem a prospecção dos investidores; isso porque, como parte do projeto, a equipe deve apresentar um plano de marketing e vendas para o carro elétrico, com a hipótese de que eles produzam mil.
Fórmula SAE Brasil
A competição que eles vão concorrer com o protótipo do Fórmula-E pela primeira vez é em novembro deste ano, em São Paulo. A corrida é organizada pela Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE) e patrocinada por montadoras de carro e fabricantes de materiais elétricos em nível mundial.
Em novembro de 2016 os estudantes não conseguiram concluir o carro a tempo de levar para a competição, fazendo com que eles chegassem em São Paulo apenas com o projeto. Mesmo assim, os alunos alcançaram o nono lugar, “passando até de equipes que já estavam com os carros prontos”, conta o professor.
Fonte G1 e Diamante Online
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