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PETRÓLEO: Perfuração dos poços no Sertão começa dia 30; Triunfo será a primeira

A Petrobras possui quatro blocos na região, sendo dois no município de Santa Helena e dois em S. J. do Rio do Peixe.

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21/09/2010 às 08h09

A partir do dia 30 de setembro, a Petrobras e a UTC Engenharia poderão começar a perfuração dos primeiros poços de petróleo na Bacia do Rio do Peixe, com a emissão de licença ambiental pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado, Francisco Sarmento, diz que a perfuração dos poços provavelmente confirma a presença de petróleo na região, a partir dos resultados dos estudos sísmicos realizados pelas empresas na região.

Conforme Francisco Sarmento, a UTC Engenharia será a primeira empresa a perfurar a Bacia do Rio do Peixe e para isto solicitou a licença ambiental da Sudema há duas semanas. Os dois lotes adquiridos pela empresa em 2008, durante a nona rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), estão localizados no município de Triunfo.

Já a Petrobras afirmou que vai começar o processo de instalação de poço exploratório assim que a licença ambiental for expedida, contudo, a empresa afirmou que não vai dar mais informações à mídia durante o período de capitalização da empresa, que termina nesta sexta-feira.

Estudos císmicos
A Petrobras possui quatro blocos na região, sendo dois no município de Santa Helena e dois em São João do Rio do Peixe. A reportagem entrou em contato também com a UTC, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

“As empresas fizeram os estudos sísmicos há uns dois anos e se querem passar para a etapa seguinte, que é a perfuração de poços, é porque as informações de disponibilidade de petróleo na região estão se confirmando. Nosso objetivo é a equiparação ao Rio Grande do Norte, onde o petróleo e o gás são os principais produtos de exportação”, diz o secretário.

Outras empresas detentoras de lotes na bacia do Rio do Peixe são a Ral Engenharia e a Cowan Petróleo e Gás. Segundo a ANP, elas assinaram contrato de concessão do subsolo da região em 2008 e se comprometeram a realizar um programa mínimo de atividades, como pesquisas geológicas e perfurações, até 2012.

Obras do Centro de Convenções em andamento
As obras do Centro de Convenções foram retomadas na última sexta-feira, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o empreendimento não compromete o meio ambiente. De acordo com o secretário de Meio ambiente e recursos hídricos, Francisco Sarmento, o Ministério do Turismo liberou os R$ 20 milhões que estavam retidos pelo órgão, desde o mês de maio, quando o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a obra não fosse realizada por riscos ambientais.

O novo prazo para a conclusão da obra é de 30 meses, segundo o secretário. Ele afirma que o retorno às obras é lento porque, com a retenção das verbas, foram demitidos 125 trabalhadores e os materiais tiveram de ser retirados do local. “A falta de profissionais na construção civil não permite uma retomada mais rápida. Entretanto, a primeira etapa do empreendimento, que compreende a feira de exposições, o estacionamento, as vias internas e a guarita, deve ficar pronto até dezembro”.

Os recursos do Centro de Convenções estavam paralisados devido a uma recomendação do MPF na Paraíba, após receber reclamação da Associação dos Amigos e Protetores da Natureza (Apan) alegando que a obra estaria sendo desenvolvida de forma irregular e agrediria o meio ambiente.

JORNAL CORREIO

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