Após assembleia geral, bancários da PB deflagram greve por tempo indeterminado
Cerca de 400 bancários se manifestaram contra a proposta de reajuste salarial oferecida pelos banqueiros.
A categoria dos bancários da Paraíba realizaram na noite desta quinta-feira (22), uma Assembléia Geral Extraordinária, no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários da Paraíba.
O motivo para a realização desta Assembleia, era discutir a proposta de reajuste salarial, que está em 7,8%.
Após as discussões, cerca de 400 bancários rejeitaram a proposta de reajuste, e deliberaram pela deflagração da greve por tempo indeterminado, a partir de terça-feira, (27 de setembro).
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henrique, para a categoria não restou outra opção a não ser o confronto com os banqueiros, que ofereceram apenas 0,37% de aumento real linear em cima de todas as verbas salariais.
“Os banqueiros estão tripudiando em cima daqueles que construíram seus lucros fantásticos, ao negarem aumento real de salários, contratação de mais
bancários e mais segurança. Portanto, vamos à luta! ”Afirmou.
Na próxima segunda-feira (26), será realizada uma assembléia de organização da greve.
Dentre as principais reivindicações da categoria estão:
– Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%).
– Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
– PLR: três salários mais R$ 4.500.
– Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
– Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.
– Contratação da remuneração total dos bancários.
– Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$
545).
– Auxílio-educação para todos os bancários.
– Previdência complementar para todos os bancários.
Emprego
– Garantia de emprego;
– Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo a rotatividade.
– Contratação de mais bancários;
– Fim das terceirizações.
– Jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários.
– Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho;
– Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos dias normais;
– Abono assiduidade de cinco dias por ano.
Igualdade de oportunidades
– Igualdade na contratação, remuneração e ascensão profissional.
– Realização de um novo censo para avaliar os resultados dos programas implantados pelos bancos
para combater a discriminação.
– Prorrogação automática da licença-maternidade de quatro para seis meses, sem necessidade de
solicitação por parte da bancária.
– Condições de acessibilidade nas agências tanto para bancários como para clientes com
deficiências.
Saúde do trabalhador
– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
– Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o
tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e não podem ser individuais.
– Fim da divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas.
– Suspensão do trabalho em espaços físicos em reforma.
– Manutenção do salário e demais direitos no período de afastamento por problemas de saúde.
Segurança bancária
– Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões.
– Emissão da CAT para quem esteve no local de assaltos e sequestros.
– Fechamento das agências após assaltos, consumados ou não.
– Porta de segurança, câmeras com monitoramento em tempo real e vidros blindados em todas as
agências e postos.
– Biombos entre a fila de espera e os caixas e divisórias individualizadas entre os caixas internos e os
eletrônicos para combater "saidinha de banco".
– Proibição ao transporte de valores e à guarda das chaves das unidades pelos bancários.
– Adicional de 30% de risco de morte para agências, postos e tesouraria.
DIÁRIO DO SERTÃO com Assessoria
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