VÍDEO: Heron Cid analisa jantar de Hugo Motta com empresários após derrota do governo Lula no aumento do IOF
Para Heron, apoio da elite empresarial a Hugo Motta após votação que derrubou o aumento do imposto reforça discurso de embate entre Lula e o Congresso
O jornalista Heron Cid, em seu comentário no programa Olho Vivo da TV Diário do Sertão nesta quarta-feira (2), analisou o jantar entre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e empresários paulistas, poucos dias após a derrota do governo Lula na votação que derrubou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Congresso.
O encontro aconteceu na noite da última segunda-feira (30), na mansão do ex-governador de São Paulo, João Doria Jr., reunindo cerca de 50 empresários considerados “pesos pesados” da economia nacional. Durante o jantar, Doria chamou o paraibano de “herói do Brasil”, em referência à sua articulação na Câmara que resultou na derrubada do aumento do imposto.
Em resposta, Hugo Motta agradeceu o afago e afirmou que “a votação foi um retrato de um parlamento aguerrido e pronto para fazer o enfrentamento a favor do país”, destacando o papel de independência do Congresso na relação com o Executivo.
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Para Heron Cid, o gesto de apoio vindo da elite empresarial a Hugo Motta serve de combustível para o discurso do governo Lula, que tem retratado o embate com o Congresso como uma luta entre ricos e pobres no país.
“Esse afago do andar de cima da elite empresarial para Hugo Motta serve de combustível, de munição para o discurso da esquerda e do governo Lula, que tem classificado essa queda de braço com o Congresso no velho antagonismo da luta entre ricos e pobres”, analisou Heron. “Esse jantar alimenta essa tese do governo Lula e aumenta o apetite do confronto”, completou o jornalista.

Ex-governador de São Paulo, João Dória e o presidente da Câmara, Hugo Motta, em jantar com empresários paulistas – Foto: divulgação/Instagram/João Dória
O encontro acontece em meio a um clima de tensão entre o governo federal e o Congresso, após a derrota de Lula na tentativa de elevar a arrecadação com o aumento do IOF, medida que havia sido defendida pelo Planalto como forma de equilibrar as contas públicas.
O governo justificou que o aumento do IOF seria necessário para evitar novos cortes em programas sociais e maiores bloqueios orçamentários que poderiam prejudicar o funcionamento dos serviços públicos. Além disso, de acordo com o Ministério da Fazenda, o decreto buscava corrigir distorções no sistema tributário, cobrando impostos de setores que atualmente não pagam tributos sobre a renda.
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