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VÍDEO: Há quase 50 anos fazendo redes, casal de São Bento ensina a desenlinhar punhos e diverte repórter

Não há lugar mais propício para receber aulas de manutenção de rede de dormir do que São Bento, cidade conhecidade como a "capital mundial das redes"

Por Luis Fernando Mifô

01/10/2024 às 19h46 • atualizado em 01/10/2024 às 19h49

Quem utiliza a tradicional rede de dormir, provavelmente já teve trabalho para desenlinhar os punhos. Pois é! Com o passar do tempo, é comum que os cordões das extremidades fiquem entrelaçados, alterando a abertura do espaço e provocando até mesmo problemas ergonométricos. Muitas vezes a bagunça nos punhos é tão grande que também dá um nó na nossa cabeça.

A equipe da TV Diário do Sertão esteve em São Bento, no Sertão da Paraíba, realizando um debate eleitoral, e na volta aproveitou a ocasião para tentar aprender, em tempo recorde, a arte de consertar o enrosco dos cordões de uma rede.

Em tese, não há lugar mais propício para receber aulas de manutenção de rede de dormir do que São Bento, cidade conhecidade como a “capital mundial das redes”. Essa fama se dá devido à sua tradição na confecção e comercialização desse utensílio doméstico, que é distribuído para todo o Brasil e até exportado para o exterior.

A equipe visitou uma das famílias mais tradicionais no ramo de confecções de rede, e o repórter José Dias Neto tentou aprender a técnica de desenlinhar os punhos com seu Josenildo Araújo, de 60 anos, que trabalha com isso desde os cinco anos de idade. A experiência é tanta que seu Josenildo garante que não há bagunça nos cordões que ele não possa reorganizar. “Pode bagunçar do jeito que você quiser, que eu vou te ensinar. É muito fácil e prático”, ele afirma.

Dona Linair e seu Josenildo mostrando seus produtos em casa (Foto: Fernanda Layse/Diário do Sertão)

Dona Linair Araújo, de 61 anos, esposa de seu Josenildo, também trabalha com confecção e venda de redes desde muito jovem. Há 37 anos juntos, eles nunca atuaram em outro ramo, ou seja, foi com as redes que sustentaram a família e ajudaram os filhos a estudarem. “Eu tenho um filho formado com meu suor”, diz seu Josenildo. “Tudo com essas redes aqui”, acrescenta dona Linair.

DIÁRIO DO SERTÃO

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