Professora diz que auxílio foi liberado de forma irresponsável e revelou as ‘entranhas’ da desigualdade
Na avaliação da professora, era possível espalhar caixas eletrônicos em vários pontos estratégicos para reduzir aglomerações
A professora de Sociologia Mariana Moreira criticou a forma como o auxílio emergencial para pessoas desempregadas durante a pandemia do coronavírus foi liberado pelo Governo Federal. Segundo ela, o governo não se preocupou em dar condições para que os beneficiários pudessem sacar o auxílio sem formar aglomerações em filas de bancos e lotéricas, correndo risco de contrair a Covid-19.
Na avaliação da professora, era possível espalhar caixas eletrônicos em vários pontos estratégicos para reduzir aglomerações.
“Parece que a concessão do auxilio emergencial foi apenas uma propaganda política para dizer: ‘Nós estamos preocupados com a população. A gente joga os bichinhos numa fila dessas, vai morrer a metade contaminada pelo vírus, mas a gente deu os 600 reais'”, disse Mariana.
VEJA TAMBÉM
Mototaxista faz apelo para que prefeito de Cajazeiras inclua a categoria no auxílio emergencial
Ela também chama atenção para o nível de desigualdade social que o auxílio emergencial revelou no Brasil, sobretudo entre as populações negra e parda, e a grande quantidade de pessoas que não tinham nenhum cadastro comprovando sua existência enquanto cidadão perante o Estado.
“A pandemia apenas expôs as entranhas desse dantesco quadro que é a realidade econômica e política brasileira, que é uma realidade de exclusão muito forte, de grande parte da população que é parda ou negra, que traz essa herança da pobreza, do atraso, de viver em situações de absoluta precariedade”.
DIÁRIO DO SERTÃO
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário