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VÍDEO: Sacerdote renova polêmica sobre corpo de Padre Rolim e diz: ‘Cajazeiras ignora sua história’

Segundo o cajazeirense, inteligente e curioso, Inácio de Sousa Rolim, desde criança manifestou interesse pela religião.

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24/08/2013 às 07h00 • atualizado em 24/10/2021 às 22h14

O padre Raimundo Honório Rolim concedeu entrevista a TV Diário do Sertão nessa quinta-feira (22), ocasião do aniversário de 150 anos de Cajazeiras em que o vigário contou a história do Padre Rolim, educador e religioso de Cajazeiras.

De acordo com Raimundo, a história começa com Vital de Sousa Rolim, descendente do estado de Alagoas, se casou com Ana Francisca de Albuquerque, originando a família Rolim em Cajazeiras.

Segundo o vigário Raimundo, o Padre Rolim e mais dois irmãos nasceram no Sítio Serrote, zona rural de Cajazeiras. Mais tarde, a família se mudou para o baixio das cajazeiras.

Inteligente e curioso, Inácio de Sousa Rolim, desde criança manifestou interesse pela religião e sua mãe Aninha queria ter um filho padre. De acordo com o vigário Raimundo, o Padre Rolim saiu de Cajazeiras para a vila do Crato no intuito de aprimorar seus estudos, especificamente no Latim. Em seguida, o padre seguia para Olinda, onde se internaria em um seminário.

O padre Rolim fez um curso de filosofia, teologia e se ordenou padre. O religioso permaneceu no seminário no cargo de reitor e professor. Porém, desejava voltar ao sertão da Paraíba e após cinco anos, conseguiu voltar a Cajazeiras.

Em Cajazeiras, o padre fundou uma escola em um sítio e depois fundou o colégio Pedro II, segundo o padre Raimundo, modelo do Brasil colônia. “O colégio se tornou famoso e educou a juventude de toda a região e dos estados vizinhos”, disse o padre Raimundo.

Além do colégio, o padre Rolim instalou uma enfermaria, onde arriscava a vida para diminuir as pestes da época. “Ele usava de seus conhecimentos com a flora brasileira para reduzir efeitos da cólera”, disse Raimundo. O Padre Rolim também fundou um colégio no Crato.

Em 1899, o Padre Rolim veio a falecer com 99 anos de idade, nas dependências do colégio que fundou em Cajazeiras. Segundo relatos, o povo já tinha um conceito de que o padre era um santo e isso se confirmou quando ele foi sepultado. “O sepultamento ocorreu após 40 horas de sua morte e naquela época não havia forma de preservar o corpo. Mesmo assim o corpo não exalava mau cheiro”, disse Raimundo. De acordo com o relato do vigário Raimundo, desde então as pessoas tomaram o acontecimento como milagroso.

Padre Rolim

O túmulo do Padre Rolim está ignorado devido a uma ampliação que foi realizada na catedral da cidade no ano de 1915, com a chegada do primeiro bispo de Cajazeiras. “Na pressa de terminar os trabalhos, o pároco da época não se deu o trabalho de preservar o túmulo do Padre Rolim, nem de outros padres que ali descansavam, a exemplo do padre Manoel Mariano.

O que é certo, é que o corpo do Padre Rolim está localizado em baixo da antiga catedral, atualmente Igreja Nossa Senhora de Fátima. “O corpo está lá, só não se sabe exatamente o local”, disse.

DIÁRIO DO SERTÃO

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