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API lamenta morte de Clemildo Brunet, precursor da radiofonia em Pombal

"Expressamos nossas condolências à família, amigos e admiradores de Clemildo Brunet, e sua partida deixa uma lacuna irreparável no cenário da imprensa paraibana", diz um trecho da nota da API

Por Diário do Sertão

05/02/2024 às 10h09 • atualizado em 05/02/2024 às 10h15

Radialista Clemildo Brunet - Foto: divulgação

A Associação Paraibana de Imprensa (API) emitiu uma nota de pesar pela morte do radialista pombalense, Clemildo Brunet. O profissional da imprensa estava afastado do rádio há algum tempo para tratar de sua saúde. Ele chegou a sofrer um AVC e também foi submetido a uma cirurgia cardíaca, além de outras sequelas.

Clemildo faleceu na tarde do último sábado (3) em um leito do Hospital Regional de Pombal (HRP) e foi sepultado neste domingo (4) após várias homenagens de profissionais da imprensa paraibana. Veja a nota da API na íntegra:

É com profundo pesar que a Associação Paraibana de Imprensa (API) lamenta o falecimento de Clemildo Brunet, figura emblemática e precursora da radiofonia na cidade de Pombal, interior da Paraíba.

Como um dos ilustres associados da API, sua contribuição para o desenvolvimento da comunicação na região será lembrada e celebrada.

Expressamos nossas condolências à família, amigos e admiradores de Clemildo Brunet, e sua partida deixa uma lacuna irreparável no cenário da imprensa paraibana. Que sua memória perdure como inspiração para as futuras gerações de comunicadores.

Teve o primeiro contato com rádio em uma emissora clandestina instalada no primeiro andar do “Grande Hotel”.  Era a “Rádio Difusora de Pombal”, que pertencia a Nélson Guarda e a Luiz da Estação Ferroviária.

Em 1961 auxiliou aos propagandistas de porta de loja, cuidando da técnica sonora da difusora das “Lojas Paulistas” . No mesmo ano, com apenas 12 anos de idade, fez locução nos “Serviços de Alto Falante Difusora Maringá” de Raimundo Sacristão (Raimundo Lacerda).

Em 1966, com 17 anos, montou sua própria emissora “A VOZ DA CIDADE”, que teve o seu destaque na formação de muitos profissionais que atuam hoje nos veículos de comunicação como: rádios, jornais, TVs e portais da web.

Em 1968 instalou o serviço de Alto-falantes “LORD AMPLIFICADOR” que funcionava sob duas modalidades: Fixo e Volante, tendo servindo também de aprendizado para muitos outros profissionais que são destaques hoje, tanto na imprensa paraibana como em outras unidades da Federação.

Versátil, Clemildo Brunet de Sá atuou no rádio em todas as “posições possíveis”. Foi Locutor, redator, comentarista, repórter e noticiarista.

Ex-diretor comercial das Rádios Maringá AM e Liberdade FM de Pombal. Passando ainda pela Comunitária Opção de Pombal e Rádio Alto Piranhas de Cajazeiras exercendo, nesta última, atividades jornalísticas.

Na radiofonia pombalense, seu último trabalho foi na Liberdade FM, com o programa “Saudade não tem idade”, que era levado ao ar aos domingos.

Em 2010, recebeu da Assembleia Legislativa da Paraíba a mais alta honraria concedida pelo Poder legislativo estadual, a medalha “Epitácio Pessoa”, numa propositura do então deputado estadual Dinaldo Wanderley.

Em 2013, no Dia do Radialista, novamente foi homenageado pelos deputados paraibanos, recebendo a Comenda “Mérito Jornalístico Assis Chateaubriand” ­ em reconhecimento aos valorosos serviços prestados ao radiojornalismo do Estado da Paraíba.

Como escritor, publicou duas obras: Histórias do Rádio em Pombal (2014) e Memórias & Legados (2017). Era casado com a Professora Nalba Sirlene.

O corpo de Clemildo Brunet foi velado na igreja evangélica Presbiteriana, com celebração de um culto na manhã deste domingo, às 8 horas.

Logo após, a Câmara municipal fez uma sessão especial em sua homenagem e depois aconteceu o sepultamento no cemitério São Francisco.

DIÁRIO DO SERTÃO

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