VÍDEO: Advogado diz que abuso sexual contra maquiadora em ônibus da Guanabara é considerado estupro
"O estupro não está mais dentro do contexto apenas da prática sexual, aquela bastante conhecida, o estupro hoje é uma questão de violência, a violência contra a mulher em determinadas situações", acrescentou o advogado
Em sua coluna semanal, Direto ao Ponto, o advogado Valdeci Filho discorreu sobre o fato que repercutiu durante a semana, ocorrido dentro de um ônibus da empresa Guanabara, quando um idoso de 69 anos acabou sendo preso na madrugada da segunda-feira (10) na cidade de Condado, na região de Patos, suspeito pela prática de importunação sexual contra a maquiadora Thalita Renea, durante viagem para João Pessoa.
O jurista explicou que o tema sobre violência sexual tem sido atualizado no decorrer dos anos. Valdeci disse que há anos atrás por exemplo, era um costume ‘roubar um beijo’ ou mesmo alisar o cabelo de uma mulher. Em carnavais fora de época, ele falou que era uma prática costumeira.
“Só que com o decorrer do tempo e com o avanço da literatura jurídica e do entendimento da sociedade, e a proteção nada mais justa para as mulheres, houve um outro alinhamento jurídico e sócio-político sobre a questão”, explicou.
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Ele frisou que o entendimento vai desde o assédio sexual ao estupro, isto é, se não houver a permissão da mulher, um simples alisar de cabelo poderá sim ser tratado como um abuso, bem como, roubar um beijo. “E quando o beijo se torna um estupro? quando há o emprego da violência, quando você pega a mulher, a imobiliza, puxa com violência o seu cabelo e rouba o beijo, ai se insere dentro do contexto do estupro”, detalhou.
“O estupro não está mais dentro do contexto apenas da prática sexual, aquela bastante conhecida, o estupro hoje é uma questão de violência, a violência contra a mulher em determinadas situações”, acrescentou o advogado.
Quanto ao caso do abuso sexual praticado no ônibus da Guanabara contra a maquiadora, o colunista disse que em seu entendimento, o idoso praticou sim um estupro.
“E nesse caso em específico, eu entendo que sim, houve estupro por conta do estado vulnerável da mulher quando ela se encontrava dormindo”, enfatizou.
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