Radiação ultravioleta atinge nível extremo no Sertão e dermatologista alerta sobre o risco do câncer
O ser humano que passa horas exposto ao sol pode sofrer sérios danos à pele, principalmente o câncer. Confira a entrevista aqui!
Um estudo realizado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cpetec) faz um alerta à população do Sertão da Paraíba para ter cuidado com o alto nível de radiação que já atinge 14 pontos na escala de Índice Ultravioleta (IUV), considerado extremo.
Aliado à exposição solar sem a proteção necessária, dermatologistas alertam para a ocorrência do câncer de pele, que neste ano já matou 66 paraibanos de janeiro a setembro, segundo o Sistema de Mortalidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O IUV é uma medida da intensidade da radiação UV, relevante aos efeitos sobre a pele humana, incidente sobre a superfície da Terra. O IUV representa o valor máximo diário da radiação ultravioleta. Conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde, os valores de radiação são agrupados em categorias de intensidades, onde o índice menor que 2 é considerado baixo, de 3 a 5, moderado e de 6 a 7, alto. Já a variação entre 8 e 10 representa o índice muito alto, e maior que 10, extremo.
De acordo com o Cpetec, a radiação é considerada extrema em todo o Estado, já que o Litoral registra o nível 13, alcançando 14 nas demais Regiões da Paraíba, como Agreste, Curimataú, Sertão e Alto Sertão.
O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Ednaldo Correia, explicou que número representado para medir o índice UV é registrado no horário do meio-dia, quando há a máxima intensidade de radiação solar, que alcança os níveis mais fortes à medida que diminui a nebulosidade no céu. “Isso porque como a cobertura de nuvens é algo muito dinâmico e variável, o IUV é sempre apresentado para uma condição de céu claro. Quando há pouca nebulosidade ocorre mais radiação, que é ainda mais prejudicial e precisa redobrar os cuidados de proteção”, afirmou.
Risco de câncer
Em entrevista exclusiva ao portal e TV Online Diário do Sertão, o dermatologista sousense, Francisco Nóbrega Gadelha, mais conhecido como Dr. Titi, falou que o ser humano que passa horas exposto ao sol pode sofrer sérios danos à pele, principalmente o câncer.
Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o final deste ano, será registrado na Paraíba 2.070 novos casos de câncer de pele não melanoma, o de maior incidência e mais baixa mortalidade, pois apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente.
Dr. Titi também observou que houve um aumento nos índices do câncer de pele no Sertão da Paraíba.
“O sol fornece muita radiação principalmente no sertão paraibano. É preciso hidratar a pele, tomar líquidos e usar os fatores de proteção da pele. É preciso usar o protetor solar adequado, pois esse protetor é apenas um mecanismo de prevenção. O uso de chapéu, guarda-sol também é muito importante para se prevenir contra o sol”, destacou o dermatologista.
DIÁRIO DO SERTÃO com informações de Jaine Alves
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