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Radiação ultravioleta atinge nível extremo no Sertão e dermatologista alerta sobre o risco do câncer

O ser humano que passa horas exposto ao sol pode sofrer sérios danos à pele, principalmente o câncer. Confira a entrevista aqui!

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29/10/2014 às 10h25 • atualizado em 08/12/2019 às 09h31

Um estudo realizado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cpetec) faz um alerta à população do Sertão da Paraíba para ter cuidado com o alto nível de radiação que já atinge 14 pontos na escala de Índice Ultravioleta (IUV), considerado extremo.

Aliado à exposição solar sem a proteção necessária, dermatologistas alertam para a ocorrência do câncer de pele, que neste ano já matou 66 paraibanos de janeiro a setembro, segundo o Sistema de Mortalidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O IUV é uma medida da intensidade da radiação UV, relevante aos efeitos sobre a pele humana, incidente sobre a superfície da Terra. O IUV representa o valor máximo diário da radiação ultravioleta. Conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde, os valores de radiação são agrupados em categorias de intensidades, onde o índice menor que 2 é considerado baixo, de 3 a 5, moderado e de 6 a 7, alto. Já a variação entre 8 e 10 representa o índice muito alto, e maior que 10, extremo.

De acordo com o Cpetec, a radiação é considerada extrema em todo o Estado, já que o Litoral registra o nível 13, alcançando 14 nas demais Regiões da Paraíba, como Agreste, Curimataú, Sertão e Alto Sertão.

O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Ednaldo Correia, explicou que número representado para medir o índice UV é registrado no horário do meio-dia, quando há a máxima intensidade de radiação solar, que alcança os níveis mais fortes à medida que diminui a nebulosidade no céu. “Isso porque como a cobertura de nuvens é algo muito dinâmico e variável, o IUV é sempre apresentado para uma condição de céu claro. Quando há pouca nebulosidade ocorre mais radiação, que é ainda mais prejudicial e precisa redobrar os cuidados de proteção”, afirmou.

Risco de câncer
Em entrevista exclusiva ao portal e TV Online Diário do Sertão, o dermatologista sousense, Francisco Nóbrega Gadelha, mais conhecido como Dr. Titi, falou que o ser humano que passa horas exposto ao sol pode sofrer sérios danos à pele, principalmente o câncer.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o final deste ano, será registrado na Paraíba 2.070 novos casos de câncer de pele não melanoma, o de maior incidência e mais baixa mortalidade, pois apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente.

Doutor Titi completou 50 anos na medicina (foto: Charley Garrido)

Dr. Titi também observou que houve um aumento nos índices do câncer de pele no Sertão da Paraíba.

“O sol fornece muita radiação principalmente no sertão paraibano. É preciso hidratar a pele, tomar líquidos e usar os fatores de proteção da pele. É preciso usar o protetor solar adequado, pois esse protetor é apenas um mecanismo de prevenção. O uso de chapéu, guarda-sol também é muito importante para se prevenir contra o sol”, destacou o dermatologista.

DIÁRIO DO SERTÃO com informações de Jaine Alves

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