EXCLUSIVO: Reportagem mostra a vida na Colônia Penal de Sousa e fala com apenado que faz curso superior
Com capacidade para cerca de 250 reeducandos, atualmente a Colônia Penal Agrícola de Sousa está com 194, sendo que 70% deles participam de algum projeto interno de ressocialização
A TV Diário do Sertão teve acesso, com exclusividade, às instalações internas da Colônia Penal Agrícola da cidade de Sousa, no sertão da Paraíba, onde quase 200 reeducandos cumprem suas penas e passam por um processo de ressocialização através de atividades trabalhistas e educacionais para serem novamente inseridos na sociedade.
O repórter Bruno Rafael conversou com o diretor da colônia, Rodrigues Neto, e com um apenado que está tendo a oportunidade de fazer um curso superior online. O jovem já cursava Ciências Contábeis antes de ser preso e teve a liberação da Justiça para manter o curso dentro da colônia.
Com capacidade para cerca de 250 reeducandos, atualmente a Colônia Penal Agrícola de Sousa está com 194, sendo que 70% deles participam de algum projeto interno de ressocialização, a exemplo da atividade agrícola de cultivo de frutas, verduras e legumes que servem para alimentar a comunidade externa e os próprios apenados.
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“A gente aproveita as plantações para servir à sociedade, ao consumo interno dos reeducandos, aos policiais e também ajudando entidades carentes, como a gente fez esse ano várias doações”, destacou o diretor.
“Além de ter os dias remidos, é uma forma também de ocupar eles aqui na unidade. É tanto que a gente tem mais de 70% desses reeducandos trabalhando em algum desses projetos. Tem muitos que pedem, mas a gente vai selecionando devido à questão de segurança; a gente vai vendo os critérios do reeducando – comportamento, crimes – e a gente vai aproveitando eles em algum projeto”, ressaltou o diretor.
Além da atividade na plantação, a Colônia Penal Agrícola de Sousa disponibiliza biblioteca, aulas, equipamento para educação online, atividades em cozinha e trabalho na fabricação de materiais esportivos. Os apenados também podem participar do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e apelar na Justiça para a possibilidade de fazer curso superior em liberdade, mas com utilização de tornozeleira eletrônica.
Um apenado que aceitou conversar com a reportagem pôde continuar cursando Ciências Contábeis totalmente online, dentro da colônia, sob a supervisão da direção. “É de extrema importância ter esse suporte da cadeia onde a gente está cumprindo a pena e se preparando para, quando a gente sair, ser uma nova pessoa lá fora”, falou o jovem.
O diretor Rodrigues Neto destacou que a intenção da colônia é possibilitar a ressocialização também pela educação. “É uma forma dele não perder essa oportunidade que ele tinha antes de ser recluso, e aproveitar para quando sair daqui, já estar com seu curso finalizado e seguir sua vida”.
DIÁRIO DO SERTÃO
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