VÍDEO: Ativista afirma que “é comum” haver perseguição contra pessoas negras no comércio de Cajazeiras
"Isso é comum demais, mais do que você possa imaginar", enfatizou a professora universitária que apresentou dados onde mostra que a maioria da população cajazeirense é preta
Ativistas do Movimento Negro e da Caravana da Negritude, de Cajazeiras, participaram do programa Balanço Diário na TV Diário do Sertão, na edição desta quarta-feira (11) e falaram sobre o racismo na cidade de Cajazeiras.
Uma das componentes do grupo, a professora da Faculdade Católica da Paraíba, Celda Rejane, afirmou que há racismo sim em Cajazeiras. Ela apresentou dados do último senso onde mostra que a maioria da população do município é negra. Segundo a docente, falta espaços na sociedade para as pessoas negras.
“Tão racista que nós somos invisibilizados. Cajazeiras tem 53,3% de sua população auto declarada negra no último senso que aconteceu em 2010. Onde eles estão? Quais são os espaços geográficos que essa população preta ocupa?”, questionou.
A ativista falou que nos espaços considerados de elite, em Cajazeiras, dificilmente se vê pessoas negras. “Cajazeiras aparentemente é uma cidade branca, se você vem no centro, se você vai nas áreas consideradas mais nobres. Na periferia essa população está toda em forma de gueto, 53% da população cajazeirense é preta”, destacou.
Ela criticou o poder público e disse que “não existe políticas públicas para negros em Cajazeiras, não existe números racializados em relação à políticas educacionais, políticas de saúde, não existe, porque a população está invisibilizada”.
A professora disse que no município é comum haver rejeição contra a população preta.
“Ser perseguido no comércio de Cajazeiras é muito comum, em supermercados, em lojas, isso é comum demais, mais do que você possa imaginar”, enfatizou.
A caravana que participou do programa Balanço Diário estava composta, além da professora da Faculdade Católica da Paraíba, Celda Rejane, da arquiteta Elis Carolino e de mais duas professoras, uma do município de Cajazeiras, Neuma Ferreira, e outra da escola Nossa Senhora da Soledade, Francisca Alves.
Veja a entrevista completa no vídeo abaixo:
DIÁRIO DO SERTÃO
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