HUJB emite nota sobre interdição do CRM e diz que municípios não tem cumprido prerrogativas do SUS
Segundo o documento, todos os atendimentos de Urgência e Emergência deveriam ser direcionados/regulados/referenciados pelos serviços de saúde locais, incluídos hospitais municipais, regional, UPAs e SAMU 192
O Hospital Universitário Júlio Maria Bandeira de Mello (HUJB), em Cajazeiras, emitiu uma nota na manhã desta terça-feira (10), falando sobre a decisão de interdição imposta pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), coibindo o trabalho dos médicos e médicas que atuam no pronto atendimento pediátrico (setor de urgência e emergência) da unidade hospitalar.
Segundo a nota, o hospital diz que “tem mantido diálogo com autoridades dos municípios que compreendem a região polarizada por Cajazeiras, a fim de encontrar a melhor solução para os problemas que interferem no atendimento pediátrico na região”.
PEDIATRAS
A informação oficial ressalta que há uma deficiência na quantidade de pediatras, mesmo tendo sido contratados cerca de mil profissionais através de concurso em âmbito nacional. “O Hospital já realizou a convocação de quase mil pediatras apenas no último concurso realizado pela Ebserh, local e nacional, não tendo obtido sucesso no preenchimento de todas as vagas”.
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REQUISITOS NÃO CUMPRIDOS PELOS MUNICÍPIOS
Diz a nota que “o hospital também pactuou com os gestores dos municípios que, a partir do dia 08 de março de 2022, todos os atendimentos de Urgência e Emergência deveriam ser direcionados/regulados/referenciados pelos serviços de saúde locais, incluídos hospitais municipais, regional, UPAs e SAMU 192, o que não vem sendo cumprido. Tal medida já era prevista no contrato com a Secretaria de Saúde de Cajazeiras, assinado em outubro de 2019, e obedece a prerrogativas do SUS, bem como o perfil de atendimentos de média e alta complexidades, próprios de um hospital universitário”.
ATENDIMENTO FORA DO CONTEXTO
Conforme o HUJB, “a ausência de estrutura para atendimento de urgência e emergência de pediatria pelo município, como uma UPA, por exemplo, levou o hospital a dedicar cerca de 80% de seus atendimentos à atenção primária, de baixa complexidade”, ou seja, o argumento é de que “este índice demonstra que a unidade de pronto atendimento do HUJB vem sendo utilizado de forma equivocada pela rede de saúde local, como uma extensão indevida da atenção primária”.
Clique aqui e veja a nota na íntegra.
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