VÍDEO: Advogado condena vazamento de áudio de adolescente e diz o que pode acontecer a quem compartilha
Roberto Silva Medeiros, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB - Subseção de Patos, disse que o áudio sequer deveria ter sido gravado
Em entrevista exclusiva ao programa Olho Vivo da Rede Diário do Sertão, nesta quarta-feira (23), o advogado Roberto Silva Medeiros, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB – Subseção de Patos, condenou o vazamento de um áudio contendo o depoimento do adolescente que confessou ter matado a mãe, o irmão mais novo e ter ferido gravemente o pai com uma arma de fogo, na cidade de Patos, no último sábado (19).
O advogado disse que o áudio não deveria ter sido gravado, pois o menor não estava acompanhado de um representante legal e de um advogado. Além do áudio, também foi compartilhada em grupos de Whatsapp uma foto do adolescente.
Roberto Silva Medeiros relata que uma advogada se apresentou na delegacia, mas foi impedida pelo delegado de plantão de acompanhar o menor. O delegado teria alegado que a ocorrência ainda estava em diligências, por isso o adolescente ainda não poderia receber ninguém. Minutos depois, representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Patos chegaram à delegacia e a questão foi resolvida. Porém, os advogados da Comissão tomaram conhecimento que um áudio com o depoimento do menor havia sido vazado, o que pode implicar em crime.
“Esse áudio é sigiloso, mas na verdade ele sequer deveria existir. Uma coisa é vazar algo que é legal e está no processo sigiloso. Outra coisa é perceber-se que vazou um áudio que não tem legalidade, que não deveria existir”, frisou Roberto Silva Medeiros.
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Delegado teria confessado o áudio
Em entrevista ao Programa Hora H, da Rede Mais Rádios, na segunda-feira (21), o delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, disse que o delegado que atendeu a ocorrência em Patos admitiu que gravou o depoimento do menor, mas o vazamento foi engano. O delegado teria dito que tentou enviar o áudio para um destinatário e acabou, por engano, enviando para outro. Segundo André Rabelo, o caso está sendo apurado para que a Polícia Civil tome providências.
“De fato, a audiência do flagrante foi gravada por ele. E ele, ao invés de mandar para um destinatário, mandou para outro. Infelizmente isso aconteceu. Mas temos que ter muita cautela porque não houve dolo, não foi algo doloso”, falou André Rabelo ao programa Hora H.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em nota divulgada nesta quarta-feira (23), a Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (ADEPDEL), disse que “o delegado titular da Homicídios de Patos, manteve uma conduta técnica e exemplar desde o início do caso”.
A nota diz ainda que repudia “todas as inverdades que estão sendo veiculadas” contra o delegado.
CLIQUE AQUI e veja a nota na íntegra.
DIÁRIO DO SERTÃO
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