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VÍDEO: Professor diz que guerra na Ucrânia traz impactos ao Brasil ‘dos combustíveis ao pão de cada dia’

Em entrevista à TV Diário do Sertão, professor Cássio Besarria, do Departamento de Economia da UFPB, explica por que economia brasileira sofrerá impactos em diversos setores durante o conflito

Por Jocivan Pinheiro

28/02/2022 às 17h17 • atualizado em 28/02/2022 às 17h26

A guerra entre Rússia e Ucrânia chega ao quinto dia, nesta segunda-feira (18), sem um acordo de cessar-fogo. As agências de notícia russas Tass e Ria informaram que o encontro entre as delegações na Bielorrússia terminou, mas sem avanço nas negociações. Segundo a Ria, haverá uma nova rodada de conversas depois que os representantes dos dois países voltaremm às devidas capitais.

Enquanto o conflito se prolonga, países do bloco ocidental intensificam as sanções econômicas à Rússia para pressionar o país a deixar o território ucraniano. Mas quais os impactos econômicos dessa guerra no Brasil?

Em entrevista ao programa Diário News, da TV Diário do Sertão, professor Cássio Besarria, do Departamento de Economia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), disse que a economia brasileira sofrerá impactos em diversos setores, ‘do preço dos combustíveis ao pão de cada dia’.


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Ele explica que a Rússia é um dos maiores produtores e exportadores de combustíveris e de fertilizantes do mundo. Por isso, com as restrições de exportação que a guerra provoca, os preços no Brasil sofrem influência direta por causa da política de paridade com o mercado internacional.

“Uma restrição na produção de combustíveis vai acabar influenciando os preços internacionais. E o Brasil, desde 2017, adotou uma política de paridade de preços internacionais. Então, sempre que o preço internacional sobe, o combustível doméstico acaba subindo também”, resumiu o professor.

Inflação subindo

Professor Cássio Besarria avalia que o cenário é muito desafiador para a economia do Brasil porque o país já enfrenta uma escalada de aumento de preços desde 2021, e com a guerra isso tende a se intensificar.

“Sem guerra, a expectativa era que a inflação continuasse subindo aqui no Brasil. Com o conflito, a expectativa é que suba ainda mais. A inflação corroi o poder de compra dos indivíduos, ou seja, um salário mínimo não permite mais adquirir hoje a mesma quantidade de bens que você conseguia adquirir há um ano. Então, essa escalada de aumento de preços vai, cada vez mais, prejudicar principalmente os mais pobres”.

Esperança

Apesar de admitir que o cenário é pessimista com relação ao fim do conflito nos próximos dias, professor Cássio Besarria deixa uma mensagem de paz: “Não é um cenário otimista, é um cenário muito pessimista. Mas eu espero que o diálogo prevaleça e que essas coisas sejam resolvidas da forma mais pacífica possível”.

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