VÍDEO: Prefeito de Itaporanga falta a reunião e frustra diálogo com professores sobre reajuste salarial

O prefeito de Itaporanga, Divaldo Dantas (DEM), frustrou uma reunião que havia sido marcada pela Câmara Municipal para que professores e vereadores dialogassem com ele sobre a implantação do reajuste do piso nacional do magistério. Divaldo Dantas não compareceu ao encontro e alegou que está viajando.

A informação que chegou ao advogado Paulo César Conserva, que é assessor jurídico do SINTEMI (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Itaporanga) é de que o prefeito só poderá se reunir com a categoria após o carnaval. Enquanto isso, sem acordo sobre o reajuste, os professores seguem com as atividades paralisadas.

“Estamos na expectativa de remarcar essa reunião para a semana que vem. Os professores estão com as aulas paralisadas aguardando a iniciativa do prefeito para reiniciarmos o diálogo. Vejam bem que não se trata mais de uma negociação a partir dos profissionais do magistério. Estamos unicamente aguardando que o prefeito designe a data para que possamos voltar à mesa de negociações”, explicou o advogado.

“Itaporanga está ficando isolada no mapa de todo o país, no mapa da Paraíba, no quesito reajuste salarial do magistério. Todas as outras cidades já estão passando à frente de Itaporanga. Tudo que acontece na paralisação dos professores, eu devo creditar na conta do prefeito. Se por acaso não estão acontecendo as aulas até agora, é por falta dessa negociação que o sindicato tanto busca, que a Câmara tem mediado, mas que até agora a prefeitura não tem dado resposta positiva”, acrescentou Paulo César Conserva.

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Outro lado

Damião Barros, que é ouvidor da Prefeitura de Itaporanga, entrou em contato com o programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, e justificou que o prefeito Divaldo Dantas recebeu o convite para esta reunião, mas em nenhum momento confirmou presença antecipadamente. Segundo Bamião Barros, o prefeiro remarcou o encontro para depois do período carnavalesco.

O ouvidor reiterou a alegação do prefeito, de que o município não tem aporte financeiro para implantar o reajuste, e disse que se o Governo Federal repassar um acréscimo no Fundeb, o aumento será implantado.

“A gestão não foge. Estamos enfrentando isso e estamos aguardando as decisões, até do financiamento, porque a gente sabe que a realidade de cada município é diferente. Alguns municípios já deram o reajuste, outros ainda não. Nós estamos aguardando o repasse. Se o presidente mandar o repasse que dê para dar esse aumento, o prefeito disse que no momento que entrar o dinheiro ele repassa”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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