VÍDEO: Morre em João Pessoa, vítima da Covid-19, o teatrólogo e cineasta cajazeirense Eliézer Rolim
Eliézer passou nove dias apresentando sintomas leves. Porém, sofreu uma embolia pulmonar e uma parada cardiorrespiratória que provocaram lesões cerebrais
O teatro e o cinema paraibano perdem uma de suas referências. Faleceu na manhã desta quarta-feira (02), o cineasta cajazeirense Eliézer Rolim, 61 anos de idade. De acordo com informações de familiares, ele estava internado em um hospital particular de João Pessoa com embolia pulmonar em decorrência da Covid-19.
Eliézer passou nove dias no hospital apresentando apenas sintomas leves. Mas no décimo, sofreu uma embolia pulmonar e uma parada cardiorrespiratória que provocaram lesões cerebrais. Na manhã desta quarta, o cineasta não resistiu e faleceu. Ainda não foram divulgados detalhes sobre velório e sepultamento.
Em 22 de agosto de 2021, dia em que Cajazeiras celebrou 158 anos de emancipação política, a TV Diário do Sertão levou ao ar uma entrevista exclusiva com o cineasta. Na entrevista, Eliézer Rolim relembra fatos marcantes da sua trajetória de vida pessoal e artística.
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Formação e paixão pela arte
Eliézer é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), tem mestrado e doutorado em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia e pela École Nationale de Architeture de Grenoble, na França.
Atuando no cinema como produtor, roteirista e diretor, ele já recebeu diversos prêmio e é conhecido nacionalmente pelas suas obras. No cinema ganhou destaque como realizador dos filmes “Eu Sou o Servo”, “Beiço de Estrada” e “O Sonho de Inacim”.
Neste último, lançado em 2009, José Wilker interpreta Padre Inácio de Souza Rolim, considerado fundador de Cajazeiras, a terra-natal do cineasta. Na produção, que teve muitas ceses gravadas em Cajazeiras, dezenas de atores locais complementaram o elenco ao lado de estrelas nacionais.
Eliézer também recebeu vários prêmios nacionais com suas produções teatrais, entre as quais se destacam “Seca”, “Beiço de Estrada”, “O Barraco”, “Até Amanhã”, “Drops do Halley”, “Homens de Lua”, “Trinca Mas Não Quebra”, “Anjos de Augusto”, “Sinhá Flor”, “Como Nasce um Cabra da Peste”, “Adeus Mamanita”, “Estrelas ao Relento” e “Efemérico”.
Em 2018, Eliézer Rolim recebeu da Câmara de Cajazeiras a Medalha de Honra ao Mérito Deputado João Bosco Braga Barreto, maior comenda do poder legislativo municipal, como reconhecimento do trabalho prestado por ele para a cultura cajazeirense.
DIÁRIO DO SERTÃO
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