VÍDEO: Thompson revela que precisou andar com seguranças em Patos após levar Medicina para Cajazeiras
Ex-reitor da UFCG afirma que até hoje a cidade de Patos não tem respeito e gratidão por ele: "Eu não devo nada a essas cidades. Elas devem muito a mim"
Em entrevista à TV Diário do Sertão, o ex-reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson Mariz, revelou que passou dois anos andando com seguranças na cidade de Patos para não ser agredido. O motivo do clima hostil relatado pelo ex-reitor foi ele ter escolhido a cidade de Cajazeiras para receber o curso de Medicina em 2008 ao invés de Patos. Thompson diz que até hoje a cidade de Patos não tem respeito e gratidão por ele.
“Eu perdi todo respeito que tinha, embora tenha feito muita coisa por Patos. À época eu tinha que andar até com segurança. Deixei de ir para festas, para colações de grau, muitas coisas eu deixei de ir, mas continuei trabalhando por lá, fazendo centrais de aula, bibliotecas, laboratórios, ginásios, reforma disso e daquilo, criei o curso de Odontologia e deixei com 28 doutores. Eu fiz muito por lá. Continuei e depois me afastei um pouco”.
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Entre 2008 e 2009, as cidades de Cajazeiras, Sousa e Patos protagonizaram uma disputa política acirrada pelo curso de Medicina nos seus respectivos campus da UFCG. Por ter raízes familiares e educacionais nas regiões de Cajazeiras e Sousa, Thompson tendenciou a favor dessas duas cidades. No final, optou pelo campus de Cajazeiras, o que gerou descontentamento em Sousa e Patos. Thompson afirma que os laços já foram reatados em Sousa, mas Patos ainda guarda mágoa.
“Eu faria exatamente a mesma coisa porque eu estava convencido e estou convencido de que eu fiz a escolha correta, sem bairrismo. Eu sou de São João do Rio do Peixe, eu estudei em Cajazeiras, mas minha família toda é de Sousa. Eu não abandonei Patos. Lá eu criei um curso de Odontologia, modernizei todo o campus, criei dois doutorados, dois mestrados. Em Sousa eu criei um curso de Ciências Contábeis, Administração e Serviços Sociais. Construí um campus. Então eu não devo nada a essas cidades. Se tem alguém que deve alguma coisa, façam uma reflexão. Para ser sincero, acho que elas devem muito a mim”, desabafou o ex-reitor.
DIÁRIO DO SERTÃO
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