VÍDEO: Advogada questiona decisão que sentenciou casal de idosos para deixar residência em Patos
"O que a gente busca é uma comoção social para que toda sociedade tome conhecimento desse caso específico, para que unamos forças para que esses herdeiros se compadeçam", disse a jurista.
Um caso tem chocado a Paraíba nos últimos dias e em especial a cidade de Patos, no Sertão do estado. Um casal de idosos que reside há 48 anos em uma pequena casa que fica situada na rua Domingos Lugo, no Jardim Califórnia, ao lado de um local bastante conhecido no município, o ‘Terreiro do Forró’, está sendo obrigado a ter que deixar a residência por meio de uma ação de reintegração de posse judicial.
O fato é que, seu Zacarias Norberto da Silva, de 91 anos e dona Iraci da Costa Silva, de 80 anos, após serem notificados que a qualquer momento podem ser despejados por ordem da Justiça, o casal tem se preocupado muito e a sociedade tem buscado de alguma maneira ajudá-los.
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A advogada Patrícia Kelly participou do programa Balanço Diário da TV Diário do Sertão e comentou sobre o caso que tem chocado a sociedade sertaneja. Ela disse que a Justiça não reconheceu o Usucapião por parte dos idosos e dessa forma não reconheceram o vínculo, mesmo eles morando há 48 anos no local. A jurista também achou estranho quanto à celeridade no processo de reintegração de posse.
A residência pertence a uma família de um ex-deputado que já é falecido e segundo o casal, ele teria doado o imóvel.
A advogada falou sobre a injustiça onde uma família de grandes recursos financeiros estão tentando prejudicar um pessoal tão humilde. “A Lei está sendo aplicada às segas e talvez o que nos choca ainda mais, é porque o polo ativo dessa demanda são empresários. É uma empresa de um grande montuário econômico na cidade, são portadoras de quase 80 imóveis, tem uma grande chama de dinheiro”, explicou.
Patrícia Kelly falou do objetivo principal de está levando o assunto à mídia paraibana. Segundo ela, é necessário humanidade para resolver um caso tão injusto.
“O que a gente busca é uma comoção social para que toda sociedade tome conhecimento desse caso específico, para que unamos forças para que esses herdeiros se compadeçam, se mobilizem, no sentido de gerar um princípio de humanização, um princípio de empatia que tanto se faz necessário nos dias de hoje”, enfatizou a advogada.
DIÁRIO DO SERTÃO
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