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Lenda do Cemitério Velho aterroriza cajazeirenses há décadas; Menina teria virado serpente e túmulo foi amarrado

O padre Francivaldo Albuquerque explicou que os mitos e lendas fazem parte de todas as sociedades, antigas ou modernas

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08/10/2015 às 16h50

Toda cidade do interior possui suas lendas. Algumas folclóricas e divertidas, outras assustadoras. Em Cajazeiras, quem nunca ouviu falar na lenda da serpente do cemitério velho? A história foi passada oralmente de geração a geração, e ainda hoje alimenta a curiosidades dos cajazeirenses, principalmente da criançada.

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‘Reza’ a lenda que no Cemitério Coração de Maria, o mais antigo da cidade, existe um túmulo onde estaria enterrada uma menina que teria morrido após ter mostrado a língua para a mãe num gesto de má criação e como castigo divino, ela teria se transformado em numa serpente logo após ter sido sepultada.

 

Nos dias de finado, costumava-se dizer que era possível escutar o barulho da serpente se mexendo dentro do túmulo. A velha lenda serviu para dar muito susto na criançada.

Seu Francisco de Assis, o popular “Índio”, diz que a lenda da serpente é fruto da criatividade das crianças, e que o tal barulho que supostamente se ouvia no túmulo eram apenas correntes de segurança que colocaram ao redor do túmulo. “Eu era criança, hoje estou com 80 anos e ainda escuto essa história”.

Para seu Raimundo Ferreira, a serpente é apenas uma alegoria da astúcia dos jovens estudantes que tinham o costume de namorar dentro do cemitério. “É coisa de estudante que gosta de desafio”.

O padre Francivaldo Albuquerque explicou que os mitos e lendas fazem parte de todas as sociedades, sejam antigas ou modernas. “É uma forma de explicar o inexplicável”.

De acordo com o padre, o túmulo ficou famoso e ainda é visitado na atualidade, mas a lenda foi criada para repreender os filhos desobedientes. “A cobra simboliza o demônio, a traição e o filho que desobedece aos pais perde a glória de Deus”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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