Motorista do Ceará que saiu de casa com oito anos de idade é reconhecido por familiares da Paraíba
Carlos da Silva fugiu de casa com oito anos de idade porque era maltratado pelo pai
O motorista Carlos da Silva, residente no Ceará, possivelmente encontrou sua família paraibana que há 27 anos não tinha contato. Ele fugiu de casa quando tinha apenas oito anos de idade porque era agredido e torturado pelo pai.
Ele diz que entrou em um ônibus, dormiu e foi parar no Ceará, onde mora até hoje. Na época, sua mãe, Josiane da Silva, de 49 anos, tentou de diversas maneiras encontrar seu filho, mas não obteve êxito.
Após a descoberta, a família paraibana diz que, se for necessário, está disposta a fazer exame de DNA. Já o rapaz diz não ter dúvidas, de que agora encontrou sua verdadeira mãe e familiares. O G1 de Fortaleza auxiliou nas buscas para que Carlos chegasse ao encontro de seus parentes.
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A sr.ª Josiane, mãe do garoto, falou o quanto se preocupou, mas segundo ela, nunca perdeu a esperança: “Eu procurei tanto, saía pelas ruas com foto, mostrando meu filho, se alguém tinha visto, e ninguém sabia. Nunca pensei que meu filho estivesse morto. Sempre achei que ele estava vivo em algum lugar. Mãe sente”, disse.
O G1 de Fortaleza havia publicado uma matéria em que Carlos foi enganado por três dias por um homem que dizia ser seu irmão. A publicação ganhou repercussão e chegou até Josinaldo da Silva, irmão de Josiane, tio de Carlos.
“Minha irmã, acharam seu filho”, disse Josinaldo a sua irmã.
A foto da matéria mostrava o mesmo menino do álbum de família de casa. “Carlinhos fugiu num dia em que seu pai queria bater, no dia seguinte foi visto pelas ruas de Santa Rita, e depois nunca mais se teve notícia”, contou.
O motorista fez buscas pela família e, com ajuda de amigos, espalhou panfletos com “procuro minha mãe”, e após ser engando pelo indivíduo que dizia ser seu irmão, o caso ganhou mais apoio popular.
Patrícia Vieira, esposa do tio Josinaldo da Silva, leu a matéria pelo celular, e ao ver a foto mostrou para Josiane, a mãe que perdeu o filho para o mundo.
Josiane lembra que, quando o filho sumiu, estava em poder do pai, que tinha tomado as crianças dela. A mulher perdeu o emprego e foi viver nas ruas de Santa Rita.
Ela conta a história com emoção e comemora essa conquista: “Primeiro, ele tomou os dois meninos, o Carlos e o Diego. E eu fiquei com Dielma e Crislene. Depois ele veio tomar as meninas, que se eu não desse me matava. Depois eu consegui eles de volta. E eu dizia que antes de morrer eu encontrava meu filho. E Deus me deu essa alegria”, lembrou Josiane.
CEARÁ 1
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