Médico lança manifesto e conclama sociedade para cobrar funcionamento de aeroporto em Cajazeiras
Em carta pública, o médico recorda que foi ele quem doou 90% de uma área de terra na fazenda Vale Verde para a construção do que deveria ser um aeroporto
O médico cajazeirense José Maria Moreira Vieira, que dá nome ao aeródromo de Cajazeiras, lançou um manifesto em defesa do aeródromo e conclamando representantes da sociedade civil organizada e a população em geral para cobrar das autoridades competentes o funcionamento do aeródromo com linhas aéreas comerciais, de modo que ele se torne um aeroporto, de fato.
Em carta pública, o médico recorda que foi ele quem doou 90% de uma área de terra na fazenda Vale Verde para a construção do que deveria ser um aeroporto, mas até hoje permanece apenas como aeródromo, recebendo aeronaves particulares de pequeno porte, mas sem homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para ter linhas aéreas de grandes empresas. Para que isso seja possível, a ANAC exige mais investimentos na estrutura do aeródromo.
“Há aproximadamente 6 anos foi construído pelo governo estadual e em sequência inaugurado. Lamentavelmente, encontra-se abandonado, servindo apenas para estacionar aeronaves particulares, construído com dinheiro público e tendo essa sofrível utilização, mostra ao nosso país como não há respeito pelo dinheiro dos nossos impostos cada vez maiores. A sanha caolha da política indecente sem respeito aos princípios tão comemorados pela nossa lei maior, em especial o princípio da impessoalidade, onde fica claro que a administração pública não pode ter face. Como o saudoso Mestre Helly Lopes Meirelles dizia, ‘Que o interesse público deve estar à frente do interesse particular”, desabafa o médico em seu texto.
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Leia o manifesto completo do médico José Maria Moreira Vieira
Antes de abordar o tema em epígrafe, fica uma reflexão? Porque nunca pensamos em trabalharmos juntos por Cajazeiras e região? Há um ditado que diz que “A união faz a força” eu também como filho desta terra e porque não dizer “um inveterado Cajazeirado” Médico cajazeirense Jose Maria Moreira Vieira, paraibano, nascido e criado em Cajazeiras, residente e domiciliado na cidade de São Paulo/SP.
Doei 90 por cento de uma área de terra na fazenda Vale Verde, nesta cidade, com o objetivo da construção do aeroporto regional de Cajazeiras/PB.
Como já havia dito resido em São Paulo, mais especificamente no centro da cidade, junto a rua do Paraiso 68, apto 42, Bairro do Paraiso, cep: 04103-000 e meu contato para quem interessar e 11-95381-4291 Whatsapp.
Na gestão do Exmo. Sr. Governador da Paraíba dr. Jose Targino Maranhão, político que fez muito por nossa cidade, foi quando fiz a doação já mencionada para a construção deste modal tão importante, e consta na escritura de doação, para ficar para a posteridade, poder deixar uma cidade mais estruturada e coesa, e pensei também no verdadeiro Complexo educacional que temos em nossa cidade, afinal Cajazeiras é conhecida como a cidade que ensinou a paraíba a ler e tem em seu bojo alunos, parentes, professores de outros municípios e muitos de outros estados da federação então o aeroporto atenderia essa função cidadã e necessária além de atrair turistas com linhas comerciais e domésticas com acesso ao sul do país.
Há aproximadamente 6 anos foi construído pelo governo estadual e em sequência inaugurado. Lamentavelmente, encontra-se abandonado, servindo apenas para estacionar aeronaves particulares, construído com dinheiro público e tendo essa sofrível utilização, mostra ao nosso país como não há respeito pelo dinheiro dos nossos impostos cada vez maiores. A sanha caolha da política indecente sem respeito aos princípios tão comemorados pela nossa lei maior, em especial o princípio da impessoalidade, onde fica claro que a administração pública não pode ter face. Como o saudoso Mestre Helly Lopes Meirelles dizia, “Que o interesse público deve estar à frente do interesse particular”.
O doador deixou de instalar no local onde foi construído o aeroporto, uma empresa agropecuária, pensando em atender os anseios da população Local e região do alto sertão da Paraíba, tão sofrida pela distância que nos separa dos aeroportos de Joao Pessoa, Campina Grande e de Juazeiro do Norte Ceará.
A história da aviação na terra do ”Padre Rolim” tem mais de 50 anos, teve início com o projeto do primeiro bispo da Diocese de Cajazeiras Dom Moises Coelho e segundo arcebispo da Paraíba, somando se a valiosa colaboração do Cajazeirado, piloto Antonio Tomaz “Pai da aviação de cajazeiras”.
Foi uma longa, longa história de lutas, de desafios, de recusar a si, enfrentando inúmeras dificuldades para que a aviação se tornasse realidade em nossa Cidade, impulsionando o seu progresso alavancando toda a região do Alto Sertão da Paraíba, e em sequência, o trabalho realizado pelos demais senhores bispos da Diocese de Cajazeiras quando na década de 1950, o aeroporto conhecido como “Aeroporto Antônio Tomaz” foi interditado pelo órgão de aviação da época.
Travou-se uma luta encabeçada pelo bispo Dom Zacarias Rolim de Moura, para que o aeroporto não fosse interditado. Naquela época, lá operavam a Varig, a Nacional, entre outras empresas aéreas. A luta continua, a nossa luta, mesmo sido doado o terreno, lavrado escritura para tal finalidade o abandono e o descaso permanecem, por isso precisamos nos levantar em unidade de desígnios, para exigir do poder público que o coloquem em operação, afinal já está construído e a finalidade é nobre, pois além da educação, agropecuária hortifruti, mineração, isso vai trazer muitos investimentos para essa região e todos sabemos que o progresso traz a necessidade de investimentos e nesse caso não é pedir quase nada porque já está pronto, todos carecem deste modal altivo e eficiente para o transbordo popular. Vale dizer que não é somente pelo fato de ter na educação seu ponto forte, agora com a visão estratégica e assertiva do atual governo federal, com seus ministros abnegados em transformar o pais, sobretudo nossa região Nordeste, fica a ferrovia transnordestina, a transposição do São Francisco, a implantação de poços artesianos convertidos em energia fotovoltaica e a dessalinização da agua salobra do subsolo entre outros projetos que vem de encontro a nossa vocação no agro negócio, tudo isso incentiva colocar em operação esse aeroporto e não o que virou hoje: Um estacionamento de aeronaves particulares, um profundo desatino e violação dos preceitos da boa utilização dos recursos públicos que já são tão parcos.
Como não bastasse o total despautério, no dia 12/08/2020, o governador autorizou a licitação para a construção do novo aeroporto de Patos/PB, desrespeitando os 70 anos de luta e de história da aviação de nosso município. Estranha-se que nenhum cidadão cajazeirense tenha levado ao governador João Azevedo, a importância tanto histórica, estratégica e geográfica pois a oeste a aproximadamente 6 km fazemos divisa com o estado do Ceará e a norte com Rio Grande do Norte e a sul com Pernambuco, o detalhe e que fica relativamente perto dos três estados citados.
Investir 35,8 milhões para não cumprir seu escopo em nossa região tão esquecida e injustamente desmerecida; sem contar que no campo da educação estamos na vanguarda, afinal como dissera anteriormente “ É a cidade que ensinou a paraíba a ler” temos um centro educacional com aproximadamente 22 cursos superiores, duas faculdades de Medicina, Engenharia, Arquitetura, Odontologia, Nutrição, Direito entre outros. Instituto federal da Paraíba e ao todo com aproximadamente 15 mil estudantes em todo esse complexo já citado. Muitos tendo que pegar ônibus para as mais diversas localidades, e por paradoxo, tendo um aeroporto do Estado e não podendo utilizá-lo pela burocracia e seus efeitos nocivos, “Que é de se fazer coisas onde se tem mais voto”.
Sr. Governador João Azevedo: Como vai ficar o aeroporto de Cajazeiras? Continuará abandonado? É verdade o que disse o Presidente do CDL Dr. Alexandre Costa, quando dizia que o Aeroporto de Cajazeiras foi sepultado por Vossa Excelência. A construção do Aeroporto de Patos tem ligação com o interesse público ou com seu curral eleitoral? Com essa ação dúbia fica condenado o Aeroporto de Cajazeiras? E sua história de 70 anos? É dinheiro do povo jogado fora…ou não? Nossa cidade não quer isso. O país encontra-se em dificuldades, pensemos melhor. Conclamo em nome do povo de Cajazeiras e do Alto Sertão da Paraíba. Para que estejamos unidos, Poder Executivo e Legislativo e o povo fundindo-se numa só causa, sem vaidades políticas, mas em prol de Cajazeiras e Região, afinal o fundamento de os senhores estarem nas cadeiras, vem do povo, pois não há poder sem o respaldo popular, lutando para transformar nossa Cidade e região num centro agroindustrial . Deixemos de lado o egocentrismo e passemos a trabalhar pela causa. Estamos satisfeitos pela posse do Senador Cajazeirado Dr. Diego Tavares de Albuquerque, que assume a cadeira de Senador da Republica, um marco de esperança e um fato muito importante e esperança de dias melhores para uma região que sofre muito pela falta de representação política, sobretudo na Câmara Federal, muitos deputados federais vão pedir voto em nosso município e nestas horas mais delicadas onde precisamos firmar nossa vontade junto aos nossos representantes os mesmos nos parecem dar as costas.
Fica aqui uma observação, perdemos o DNOCS e ninguém fez nada, perdemos 2 vezes a agência da Receita Federal, a indústria COTA, com isso 200 vagas de emprego perdida. Ameaça de perder o nosso Hospital Universitário do Sertão orçado em 160 milhões sendo que 25 milhões já estava empenhado para a construção. Mas esse valor ora empenhado, provavelmente pode estar na mão da Universidade Federal de Campina Grande. Seria cômico se não fosse trágico Cajazeiras assistir de braços cruzados todas essas derrotas.
DIÁRIO DO SERTÃO
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