Hospital Regional de Sousa implanta pré-natal de alto risco e reduz complicações na gestação
Até o momento, grávidas entre 17 e 44 anos foram atendidas e/ou estão em acompanhamento
O Hospital Regional de Sousa Deputado Manoel Gonçalves de Abrantes (HRS), no Sertão do estado, implantou o pré-natal de alto risco e vem reduzindo em mais de 80% o número de partos prematuros e complicações durante o período gestacional. Funcionando há três meses, o serviço já atendeu 47 gestantes, totalizando 90 consultas entre admissões e retornos, e 12 partos já ocorreram sem complicações e sem a necessidade de transferência da mãe ou do recém-nascido.
De acordo com a diretora geral do HRS, Apoliana Ferreira, a unidade recebia muitos casos de pacientes que evoluíam com complicações e parto prematuro. Para reverter esse quadro, o hospital decidiu implantar o serviço e teve o auxílio da Rede Cuidar para começar a oferecer o acompanhamento individualizado voltado para as gestantes com perfil de alto risco.
“A gente tinha uma média de seis internações obstétricas por mês. No mês de janeiro, esse número caiu pra um. Estamos colhendo os frutos desse projeto que tivemos a parceria e apoio da Rede Cuidar para implantar. Atendemos na unidade as gestantes de Sousa e de mais oito municípios que compõem a 10ª Região de Saúde”, destaca.
A diretora pontua que, até o momento, grávidas entre 17 e 44 anos foram atendidas e/ou estão em acompanhamento. As principais patologias são hipertensão crônica e diabetes gestacional, mas já foram atendidos outros casos como toxoplasmose aguda, insuficiência renal crônica e hipotireoidismo.
Para serem atendidas pelo serviço, as gestantes que estão dentro dos critérios de alto risco gestacional precisam ser encaminhadas pela coordenação da atenção primária do município. Os critérios para inclusão do pré-natal de alto risco são: dependência de drogas lícitas (tabagistas, alcoólatras) ou ilícitas; adolescentes menores de 17 anos ou mulheres maiores de 35 anos com complicações gestacionais; altura materna menor que 1,45m; histórico de gestação ectópica, abortamento habitual, infertilidade, malformações uterinas, trabalho de parto prematuro, neoplasia ginecológica e cirurgia uterina anterior; doenças maternas como cardiopatias, pneumopatias, tireoideopatias, doenças psiquiátricas, doenças hematológicas, tumores, epilepsia, infecções congênitas; doenças da gestação atual como restrição de crescimento fetal ou macrossomia fetal, gemelaridade, hipertensão, diabetes, mãe Rh negativo com pai Rh positivo.
Na Paraíba, em 2019, foi realizado um total de 56.835 partos. Este ano, até o momento, já foram registrados mais de três mil nascimentos.
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