“Dificilmente a terra que ensinou a PB a fazer rádio formará alguém tão completo”, diz Fabiano Gomes
Jornalista cajazeirense que trabalha na capital dedica coluna a Olivan Pereira, que faleceu neste sábado
Um dos principais comunicadores da Paraíba, o radialista e apresentador de TV Fabiano Gomes dedicou sua coluna deste sábado (28) no portal de notícias Fonte 83 ao colega de profissão Olivan Pereira, o Big Boy de Cajazeiras, que faleceu na manhã deste sábado, aos 62 anos, no Hospital Regional de Cajazeiras após sofrer um infarto.
No texto, Fabiano afirma que “dificilmente a terra que ensinou a Paraíba a fazer rádio formará alguém tão completo como Olivan Pereira”.
Big Boy trabalhou em várias emissoras de rádio de Cajazeiras, onde foi repórter policial, repórter e comentarista esportivo. Também ocupou cargos de presidente da Associação Cajazeirense de Imprensa (ACI), secretário de Comunicação do município e assessor de imprensa da Câmara de Vereadores.
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Na coluna, Fabiano Gomes recorda alguns programas de rádio onde Big Boy trabalhava e que eram líderes de audiência no Alto Sertão paraibano.
“De dez rádios ligados, onze estavam a esperar pelo Boca Quente. O programa era policial, mas Big nunca arranjou um inimigo que seja…”.
O velório de Big Boy acontece no Memorial Esperança durante este sábado e o sepultamento será na manhã de domingo no cemitério Nossa Senhora Aparecida.
Leia a coluna de Fabiano Gomes completa
Dificilmente a terra que ensinou a Paraíba a fazer rádio formará alguém tão completo como Olivan Pereira. Big era multifuncional: fazia programa jornalístico com uma pitada de humor sensacional. Era coisa de louco!
De dez rádios ligados, onze estavam a esperar pelo Boca Quente. O programa era policial, mas Big nunca arranjou um inimigo que seja… Aliás, o único inimigo que ele teve na vida foi a diabetes, que primeiro lhe tirou as pernas e agora a vida.
Big era daquelas raras criaturas que conseguia se dar bem com todo mundo. E era, de verdade, um humorista nato. São incontáveis – incontáveis mesmo – as vezes que íamos para o mesmo circo, quando o Babalu se instalava na cidade. Se o circo passasse 90 dias, Big iria 91.
Voltando ao profissional do rádio, vou dizer porque era completo: além de apresentar o Boca Quente, Big era um locutor musical de mão cheia.
O domingo do rádio, também na difusora, era um sucesso. E como se fosse pouco, a tarde estava Big no estádio Perpétuo Correia Lima como repórter de pista, dando mais uma vez seu show.
Quando coloquei no ar a Mais FM, o primeiro profissional no meu radar foi o Big. Fui seu último “patrão”. Serei para sempre seu amigo.
Desde 2008, quando me mudei para cá, não houve uma só vez que não parei na gostosa calçada de Big – lá nos falávamos de Deus e do mundo, inclusive de nós mesmos.
Na despedida tão dolorosa, sei que precisaremos fazer das tripas coração. Pois seu velório e enterro não podem ter tristeza. Big era um homem alegre, feliz em todos os momentos da vida, inclusive nos piores.
Um conselho? Levem um palhaço para animar o velório. Chamem Babalu, o palhaço mais amado por Big Boy. Definitivamente, a tristeza – nem no seu próprio velório – vai combina com ele.
Vai ser feliz além, irmão!
Redação DIÁRIO DO SERTÃO
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