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VÍDEO: João de Deus Quirino Filho diz que ataque de Bolsonaro ao presidente da OAB Nacional é desumano

Presidente da República disse que sabe como o pai de Felipe Santa Cruz desapareceu na ditadura militar

Por Luis Fernando Mifô

06/08/2019 às 16h57 • atualizado em 06/08/2019 às 19h14

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), atacou na última semana o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, com uma declaração dando a entender que sabe como o pai de Felipe, Fernando Santa Cruz, desapareceu na ditadura militar. Felipe repudiou a declaração e disse que vai às últimas consequências contra o presidente.

“É gravíssimo que esse ataque tenha ocorrido partindo do mandatário da República, que tem um acesso enorme às mídias sociais, à imprensa”, falou.

“O presidente disse, diante do Brasil inteiro, com a força do cargo que ocupa, que esclareceria a morte do meu pai. Tudo que disser diferente disso vai ser uma fuga do que ele afirmou. Irei às últimas consequências para que o presidente, para mim e para minha família, respeite a memória de Fernando Santa Cruz”, completou.

VEJA TAMBÉM: Presidente da OAB de Cajazeiras repudia declarações de Bolsonaro sobre desaparecimento do pai do presidente da OAB Nacional

Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

O advogado cajazeirense João de Deus Quirino Filho, vice-presidente da OAB da Paraíba, se solidarizou com Felipe Santa Cruz e chamou de desumano o comportamento de Bolsonaro.

“É impressionante quando nosso chefe do Poder Executivo, de quem se espera equilíbrio, diplomacia, respeito à dignidade humana e à democracia, tira uma semana quase inteira para atacar as pessoas, as instituições, atacar o trabalho que foi feito pela Comissão da Verdade, violar o respeito que é necessário aos mortos e às famílias que sofreram com os desaparecidos do golpe de 1964 durante a ditadura. Nós ficamos todos estarrecidos, impressionados como alguém de quem se espera equilíbrio apresenta um comportamento totalmente desequilibrado e desumano”.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO

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