VÍDEO: Coordenadora da CPT Sertão afirma que terras são um direito dos camponeses e não do agronegócio
De acordo com Cecília Gomes, a reforma agrária é, antes de tudo, sinônimo de produção de alimentos
A reforma agrária foi o principal tema do programa Diversidade em Foco com a coordenadora da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Sertão da Paraíba, Cecília Gomes, que defendeu a distribuição de terras para famílias que produzem alimentos.
De acordo com Cecília Gomes, a reforma agrária é, antes de tudo, sinônimo de produção de alimentos e não apenas de moradia. Ela afirma que os alimentos saudáveis que chegam à mesa da população são cultivados e produzidos pela agricultura familiar. Já o agronegócio é responsável pelos commodities (produtos que funcionam como matéria-prima, produzidos em escala e que podem ser estocados sem perda de qualidade).
Por causa disso, segundo ela, a concentração de terras nas mãos dos ricos não pode ser justificada com a suposta produção de alimentos pelo agronegócio.
“Agricultura camponesa é aquela que resiste, que respeita a natureza e que produz sem veneno, e é essa comida que chega na nossa casa, nos mercados e supermercados”, frisou Cecília.
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A coordenadora da CPT Sertão enaltece a luta dos movimentos sociais que defendem a reforma agrária, mas lamenta que ela tenha alterado muito pouco a estrutura fundiária no Brasil.
Segundo Cecília Gomes, atualmente o Alto Sertão paraibano tem 37 assentamentos. A primeira ocupação em terras privadas improdutivas aconteceu em 1995, na Fazenda Acauã, em Aparecida.
“Foi uma luta árdua, mas que encorajou tantas outras famílias camponesas a lutar pela terra também, a ter o seu pedaço de chão para dele produzir e trazer alimentos saudáveis para as feiras das diversas cidades onde têm assentamentos”.
Redação DIÁRIO DO SERTÃO
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