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VÍDEO: Coordenadora da CPT Sertão afirma que terras são um direito dos camponeses e não do agronegócio

De acordo com Cecília Gomes, a reforma agrária é, antes de tudo, sinônimo de produção de alimentos

Por Jocivan Pinheiro

19/07/2019 às 16h08

A reforma agrária foi o principal tema do programa Diversidade em Foco com a coordenadora da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Sertão da Paraíba, Cecília Gomes, que defendeu a distribuição de terras para famílias que produzem alimentos.

De acordo com Cecília Gomes, a reforma agrária é, antes de tudo, sinônimo de produção de alimentos e não apenas de moradia. Ela afirma que os alimentos saudáveis que chegam à mesa da população são cultivados e produzidos pela agricultura familiar. Já o agronegócio é responsável pelos commodities (produtos que funcionam como matéria-prima, produzidos em escala e que podem ser estocados sem perda de qualidade).

Por causa disso, segundo ela, a concentração de terras nas mãos dos ricos não pode ser justificada com a suposta produção de alimentos pelo agronegócio.

“Agricultura camponesa é aquela que resiste, que respeita a natureza e que produz sem veneno, e é essa comida que chega na nossa casa, nos mercados e supermercados”, frisou Cecília.

VEJA MAIS: Diversidade em Foco fala da Comissão Pastoral da Terra e da luta agrária no Sertão

Assentamento Novo Horizonte, em Cajazeiras (Foto: Assessoria CPT)

A coordenadora da CPT Sertão enaltece a luta dos movimentos sociais que defendem a reforma agrária, mas lamenta que ela tenha alterado muito pouco a estrutura fundiária no Brasil.

Segundo Cecília Gomes, atualmente o Alto Sertão paraibano tem 37 assentamentos. A primeira ocupação em terras privadas improdutivas aconteceu em 1995, na Fazenda Acauã, em Aparecida.

“Foi uma luta árdua, mas que encorajou tantas outras famílias camponesas a lutar pela terra também, a ter o seu pedaço de chão para dele produzir e trazer alimentos saudáveis para as feiras das diversas cidades onde têm assentamentos”.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO

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