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VÍDEO: Trans que luta para ter nome social reconhecido diz que religião prevalece no fórum de Cajazeiras

Joyce Montinelly luta desde 2016 para ter nome social e identidade de gênero reconhecidos por lei

Por Luis Fernando Mifô

03/09/2018 às 16h20 • atualizado em 03/09/2018 às 16h25

Há muito tempo que ela é conhecida em Cajazeiras pelo nome social Joyce Montinelly Oliveira. Figura popular, carismática, ativista LGBT, respeitada por uns, mas execrada por outros, Joyce luta desde 2016 para ter seu nome social e sua identidade de gênero feminino reconhecidos por lei.

Segundo ela, todos os trâmites iniciais já foram executados, inclusive com a documentação que prova sua identidade feminina (com exames psicológicos, o que atualmente não é mais exigido).

Mas “a universal” – como ficou conhecida após um vídeo seu viralizar nas redes sociais – esbarra na morosidade (ou falta de interesse) de um promotor do Ministério Público. Segundo ela, o promotor se nega a liberar a retificação de nome e gênero por questões de religiosidade.

“É triste porque eu tenho um processo parado porque um promotor não faz um parecer meu porque a religião dele não permite. Não existe estado laico na cidade de Cajazeiras e em nenhum outro estado ou cidade”, protesta a ativista trans.

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Joyce Montinelly participou do programa Balanço Diário

Joyce acusa alguns membros do judiciário cajazeirense de serem homofóbicos e fundamentalistas religiosos a ponto de, segundo ela, um deles ter agredido um amigo seu com uma bíblia e ter chamado ela de anticristo.

“Ele se nega a falar do parecer e eu estou sendo impedida de fazer uma retificação que eu tenho direito pelo Supremo Tribunal Federal. A religião está prevalecendo dentro do fórum e dentro do Ministério Público. Isso não é uma denúncia , é uma afirmação. A Justiça anda de mãos dadas com a mentira, porque quando você busca seus direitos, esses direitos são negados”, ressalta.

DIÁRIO DO SERTÃO

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