VÍDEO: Centenas de trabalhadores protestam contra privatização da Cagepa através da ‘MP da Conta Alta’
Para os sindicalistas, a MP representa um retrocesso na política de saneamento básico e risco iminente de privatização do setor em todo o país
Trabalhadores e trabalhadoras da Cagepa, liderados pelo SINDIÁGUA-PB, participaram de um ato em frente à Assembleia Legislativa da Paraíba, nesta quinta-feira (30), contra a Medida Provisória 844/2018, editada e publicada em 6 de julho pelo governo do presidente Michel Temer, que reformula o marco legal do saneamento no país. De acordo com os protestantes, o objetivo da MP é facilitar a privatização das empresas públicas de saneamento
A mobilização na Praça dos Três Poderes contou com centenas de trabalhadores do movimento sindical e populares, como também com as presenças de lideranças políticas do estado. Para os sindicalistas, a ‘MP do Saneamento’ representa um retrocesso na política de saneamento básico.
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Geraldo Quirino, vice-presidente do SINDIÁGUA-PB, afirma que privatizar a Cagepa vai ocasionar impactos profundos nas famílias carentes que vivem nas periferias da cidades grandes e também nas populações das cidades pequenas.
“O capital só vai buscar lucro. Então, os pequenos sistemas como São José de Piranhas, Bom Jesus, Cachoeira dos Índios, Santa Helena e outras cidades em volta não vão ter água porque o capital não vai querer pegar as cidades onde dá lucro e cobrir as cidades onde não tem esse lucro. O prejuízo maior é para as populações periféricas dos grandes centros e as populações das cidades pequenas”, disse Geraldo Quirino.
Atualmente, a ‘MP da Sede’ ou ‘MP da Conta Alta’, como também ficou conhecida a medida provisória, está tramitando no Congresso Nacional, onde haverá uma audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Humano para debater o tema “Democracia e Direitos Humanos”, com foco na privatização da água.
“As empresas estaduais de saneamento têm uma função social, têm a obrigação de prestar serviços à comunidade e não cobrar tarifas tão altas. Elas não visam lucro. Mas, mesmo tendo lucro, elas reinvestem”, ressalta o sindicalista.
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