Com último caso registrado em Sousa, risco de manifestação da Poliomielite preocupa Governo da Paraíba
É essencial atrair a população, principalmente as pessoas que fazem parte do público alvo, para dentro das salas de vacinação.
O surgimento de surtos de doenças em processo de eliminação, a exemplo do sarampo, em algumas cidades do Norte do país deixou o Estado em alerta. O Governo da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), está atuando para sensibilizar a população sobre a importância da vacinação.
Uma das estratégias é a formação de um grupo técnico (GT), junto aos secretários municipais e com representações de todas as regiões de saúde, para dialogar sobre a temática. De acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega, o GT se reúne a cada três meses para avaliar a situação do abastecimento, da regularidade dos sistemas de informação e como a atenção básica está agindo com relação à busca de crianças os pais.
“O objetivo do GT é discutir e buscar estratégias de melhorias. Em caso de não conseguir no âmbito estadual, vamos levar essa discussão para o âmbito nacional, para que a gente consiga respostas de possíveis necessidades de mudanças de algum sistema de informação e de abastecimento com relação aos imunobiológicos”, explica.
A busca ativa feita por profissionais e agentes de saúde também é considerada como uma estratégia importante. É essencial atrair a população, principalmente as pessoas que fazem parte do público alvo, para dentro das salas de vacinação. “A questão da vacinação é justamente para evitar o adoecimento da população. Mesmo conseguindo coberturas próximas da meta de 90%, é essencial trabalhar para conseguir alcançá-las para que a gente evite bolsões de pessoas que possam adoecer e acabe trazendo surtos de doenças que já estão em processo de eliminação, a exemplo do sarampo”, diz.
Poliomielite
Outra preocupação da SES é com a situação da poliomielite, doença infecto-contagiosa viral aguda, que teve o último caso registrado no município de Sousa, em 1989. Segundo Renata, é necessário aumentar a vigilância não só na Paraíba, mas em todo o país. “Temos um risco de manifestação por conta da facilidade de locomoção das pessoas. Por isso insistimos que a melhor maneira de evitar a doença é através da vacinação. Se a gente tiver coberturas dentro do ideal da tríplice viral, que é 95%, a gente reduz muito o risco de que tenha surtos na Paraíba”, comenta.
No início do mês de junho, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, sancionou uma lei em que obriga a apresentação do cartão de vacina no ato da matrícula nas escolas que oferecem ensino infantil na Paraíba. No caso do matriculado não possuir cartão de vacinação, o responsável terá o prazo de 30 dias para providenciá-lo junto ao órgão responsável.
Para Renata, essa ação vai ajudar a reduzir o risco de adoecimento. “Sabemos que esse grupo de crianças de até 2 anos é uma população que sempre adoece no âmbito escolar. Então, isso vai contribuir com a questão da saúde, de promoção e prevenção. O fortalecimento de estratégias e a identificação das fragilidades tudo isso é importante para que a gente consiga atingir a cobertura vacinal nos 223 municípios do estado da Paraíba”, completa.
PORTAL DIÁRIO com assessoria
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