Engenheiro contesta inquérito do MPF que apura supostas limitações técnicas no aeródromo de Cajazeiras
Entre as supostas limitações apontadas pelo MPF estão a capacidade da pista de suportar a pressão dos pneus de aeronaves a jato e o balizamento noturno
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cajazeiras, Alexandre Costa, informou que vai agendar uma audiência entre as entidades de classe e o procurador Eliabe Soares da Silva, do Ministério Público Federal em Sousa, para tomar maiores esclarecimentos a respeito do inquérito civil que foi instaurado na semana passada para investigar supostas limitações técnicas no aeródromo de Cajazeiras e supostos desperdícios de recursos federais na obra.
Entre as supostas limitações apontadas pelo MPF estão a capacidade da pista de suportar a pressão dos pneus de aeronaves a jato e o balizamento noturno. Essas questões estariam tornando o aeródromo inviável para receber aeronaves. No entanto, Alexandre Costa contesta.
Sobre a capacidade da pista, o presidente da CDL, que também é engenheiro, acredita que o procurador esteja confundido a resistência da pista (PCN: Pavement Classification Number) com questões relacionadas às propulsões de aeronaves a jato.
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Alexandre ressalta que em 2017 a CDL, o Sindibens (Sindicato do Comércio de Bens e Serviços de Cajazeiras), a AC3 (Associação dos Cajazeirenses e Cajazeirados do Ceará) e alguns empresários da cidade contrataram uma consultoria do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) para avaliar as condições de operação de aeronaves no aeródromo de Cajazeiras, e essa consultoria não reprovou a pista.
“Eu vou acionar a assessoria jurídica da entidade e marcar uma audiência com ele para pedir esclarecimento sobre isso. Nós não concordamos com essa questão e temos fundamento para isso. Temos documentos de uma consultoria dos engenheiros do ITA, e o aeroporto tanto é viável tecnicamente como economicamente”, disse.
Alexandre explica que o aeródromo foi homologado em agosto de 2016 para voos diurnos, mas permanece impedido de receber aeronaves durante a noite porque o balizamento noturno ainda não foi homologado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), e que essa etapa deve ser resolvida entre o Governo do Estado e o Governo Federal.
Sobre supostos desperdícios de recursos federais na construção do aeródromo, ele afirma que as entidades de classe não se envolvem nessa questão e que é direito e função do Ministério Público Federal investigar.
DIÁRIO DO SERTÃO
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