VÍDEO: Agente de saúde diz que prefeitura de Uiraúna não reforma casa em sítio onde votam no adversário
Quatro famílias esperam há vários anos pelas reformas de duas casas de alvenaria que estão em condições precárias no sítio Siriema
Quatro famílias – 12 pessoas ao todo – esperam há vários anos pelas reformas de duas casas de alvenaria que estão em condições precárias, colocando em risco as vidas dos moradores. De acordo com a agente comunitária de saúde Maria Cláudia, as duas residências que ficam no sítio Siriema não foram contempladas por um programa de reformas habitacionais do município por questões políticas.
“Há muito tempo eu venho pedindo ao município as reformas dessas casas, porque já houve reformas de casas aqui em Uiraúna. Na hora que eu soube que tinha vindo essa verba para 17 casas, eu fui aos órgãos competentes ver se poderiam colocar essas duas, porque elas se encaixam no projeto, e eles não colocaram de jeito nenhum. O critério que eles estão usando para não reformar as casas dessas pessoas é serem adversários”, declarou a ACS.
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A dona de casa Antônia de Sousa mora há 25 anos no local e durante todo esse tempo sonha em ver sua residência em melhores condições.
“Meu sonho é ver essas casas ajeitadas. Eu sofro muito no inverno. Tem vez que eu não durmo de noite quando vêm as chuvas. Meu sonho é ver minha casa reformada, arrumadinha, porque eu nunca tive gosto de morar nessa casa arrumada”, lamenta.
O outro lado
Em conversa com nossa reportagem, a procuradora adjunta do município de Uiraúna, Elicely Cesário, alegou que o município não tem recursos próprios para reformar as residências, que depende de verba federal através da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e que a prefeitura recebeu verba para reformar 17 casas, mas só poderia contemplar uma comunidade, portanto escolheu o sítio Tigres porque havia mais residências lá.
“A gente não tem recursos próprios para isso. O que a gente tem de projetos aqui no município, é conseguido através do governo federal. Como esse edital foi para uma localidade específica, a gente não tinha como espalhar, colocar Tigres e Siriema, a gente tinha que concentrar numa comunidade só, e como lá tinha mais casas para reformas, a escolhida foi a comunidade do sítio Tigres”, explicou.
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