É ARROCHO: Após pressão da oposição e intervenção do MP, é liberada entrada de bebida no Carnaval de Cajazeiras; Área Vip dentro do corredor da folia gera polêmica
Os vereadores de oposição consideram que essa estrutura é uma área VIP, sendo que é proibida por lei a instalação.
Os vereadores da oposição de Cajazeiras levaram ao Ministério Público a queixa a respeito da proibição da entrada de bebida no corredor da folia durante o carnaval e obtiveram, nesta quinta-feira (23), uma vitória. Em reunião com parlamentares dos dois lados e a presença do prefeito e do promotor do evento, o MP recomendou que seja permitida a entrada de bebida em vasilhames de plástico, garrafas pet ou, no mínimo, cinco latinhas de cerveja.
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A entrada de bebida no corredor da folia estava proibida pela empresa de eventos que venceu a licitação para realizar o carnaval em parceria com a Prefeitura e explorar o corredor da folia comercialmente. Mas para os vereadores de oposição, essa restrição fere o direito de ir e vir do cidadão e põe em cheque a propaganda da Prefeitura de que o carnaval é gratuito.
“Queremos fazer valer o que foi publicizado [sic] pela nova gestão, de que iria fazer um carnaval extremamente aberto ao povo. E nós estávamos na reunião para fazer a defesa desse direito do cidadão, que é o acesso ao corredor da folia conduzindo sua garrafa de água e bebida. Isso estava sendo impedido pelo formato do carnaval apresentado, por mais que falaram que era uma festa pública e não ia haver restrição”, declarou o vereador de oposição Rivelino Martins (PSB).
Área VIP ou camarote?
Outra discussão em torno do carnaval de Cajazeiras diz respeito a um espaço localizado em frente aos camarotes, no meio da avenida, chamado de Lounge do Armandinho, que será restrito a convidados que pagaram para ficar no local. Os vereadores de oposição consideram que essa estrutura é uma área VIP, sendo que é proibida por lei a instalação de área VIP em festas que ocorrem em espaços públicos de Cajazeiras.
“Os vereadores também estão agindo juridicamente no sentido de fazer valer essa lei. É preciso fazer valer o que é aprovado pelo poder legislativo. Eu acho que essa lei visa fazer com que as festas públicas sejam realmente do povo e que se respeite o dinheiro público”, disse Rivelino.
O ex-vereador Ivanildo Dunga, autor da lei, compara a área VIP ao apartheid (regime de segregação racial) e entende que a Prefeitura está tentando ‘pisotear’ a Câmara Municipal.
“A gente fica triste em saber que o poder executivo está querendo pisotear o poder legislativo. Isso é uma vergonha. Quando eu criei essa lei, foi porque eu presenciava que estava tendo uma exclusão de público, uma divisória de seres humanos, um verdadeiro apartheid.”
Lounge não é área VIP, diz Armandinho
Em contato com nossa reportagem, o diretor do Instituto de Previdência e Assistência Social da Prefeitura de Cajazeiras (IPAM), Armando Viana Leite, o Armandinho, apontado como organizador do Lounge do Armandinho, alegou que o local não se trata de uma área VIP, mas sim um camarote especial adquirido junto ao promotor do carnaval e que já foi liberado pelo Ministério Público.
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