CAOS TOTAL: Prefeito de Ipaumirim, no Ceará, diz ter herdado cheques rasgados da gestão passada, dívida milionária, salários atrasados e patrimônio público nas casas de funcionários
O novo prefeito, eleito em 2016, alerta que seu município enfrenta uma situação de calamidade financeira e administrativa
O município de Ipaumirim, no centro-sul cearense, enfrenta uma situação de calamidade financeira e administrativa, de acordo com o prefeito José Geraldo dos Santos (Dr. Geraldo – PMDB), eleito em 2016. O novo gestor acusa a administração municipal anterior de uma série de desmandos que resultaram em sérios problemas estruturais e uma dívida milionária.
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Entre os problemas encontrados pelo novo prefeito, ele cita uma dívida de mais de R$ 1,5 milhão em ‘restos a pagar’ (impostos ao INSS, Receita Federal, contas de energia, entre outros), falta de repasse de documentos na transição de governo e descaso com o patrimônio público. Segundo Dr. Geraldo, existe computadores da prefeitura que estão em residências pessoais, o que pode configurar crime de apropriação indébita.
Na semana passada o novo prefeito recebeu em seu gabinete representantes do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais para buscarem uma solução para outra problemática que teria sido deixada pela antiga gestão, os salários atrasados. De acordo com a presidente do sindicato, apenas os funcionários da Educação receberam os salários de dezembro de 2016.
– Neste momento ainda não foi possível ver datas de pagamento do restante das secretarias de dezembro porque a administração passada não deixou sequer nenhum documento, nenhuma maneira da gente ver concretamente números pra gente sentar e determinar datas – justificou o prefeito.
Cheques rasgados
Outra revelação feita pelo prefeito é de que sua equipe de transição teria encontrado vários talões de cheques dentro de envelopes onde estava escrito “assinados”, porém os cheques estavam rasgados em ‘pontos estratégicos’, como os locais da assinatura e do valor.
– É triste, é lamentável. Encontrei uma situação muito difícil em 2008, mas nesse momento a situação é dez vezes mais complicada. Até agora não entregaram nenhum documento de prestação de conta. Levaram toda essa documentação e ficam só prometendo – lamenta o prefeito.
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