Equipe do IFPB de Cajazeiras desenvolve mecanismo para ajudar pessoas paraplégicas
Todo o processo de fabricação e testes da órtese mecânica ocorre no Campus Cajazeiras e deve ser finalizado até dezembro
Poder melhorar a vida de alguém através da sua pesquisa e do resultado do seu trabalho é o sonho de todo pesquisador. Foi com este pensamento que o aluno de Automação Industrial Lucas Oliveira e o professor André Fellipe Cavalcante enfrentaram o desafio de desenvolver um equipamento na área de tecnologias assistivas, o primeiro do tipo a ser produzido no Campus Cajazeiras. Os dois, com a ajuda dos professores voluntários Leandro Honorato e Heber Rolim Meireles, estão criando um Dispositivo de Órtese Mecânica para Portadores de Trauma Raquimedular.
O objetivo principal é que a órtese possa auxiliar a pessoa paraplégica a permanecer na posição bípede, de maneira que quando o indivíduo fique de pé o seu joelho seja travado automaticamente e quando for sentar possa facilmente ser destravado. De acordo com o fisioterapeuta Heber Rolim, que é e professor da Faculdade Santa Maria e voluntário do projeto, os benefícios para a saúde do usuário do equipamento serão diversos.
“Mesmo sem sensibilidade motora devido à lesão, o fato de transferir o peso sobre as articulações promove a fixação de cálcio nos ossos do paciente, o que previne a osteoporose, favorece a circulação, nutre os tecidos, favorece o sistema cardiovascular e respiratório. Melhora a saúde dele de forma geral. Sem falar no fator social e psicológico, na elevação da autoestima”, afirma.
O projeto começou a ser executado em maio, através de recursos provenientes do Edital nº 21-2016 – Programa Institucional de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IFPB. Todo o processo de fabricação e testes ocorre no Campus Cajazeiras e deve ser finalizado até dezembro.
O aluno bolsista Lucas Oliveira, conta que a experiência está sendo enriquecedora e desafiadora, pois a equipe tem um tempo relativamente curto para desenvolver um dispositivo de baixo custo, que funcione bem e seja confortável. “Está sendo um grande desafio para mim, pois eu sempre fui mais voltado para a área de elétrica e agora estou aprendendo muita coisa na mecânica, além do software de desenho em 3D que estamos utilizando que eu também não conhecia, estou feliz e acreditando muito que vai dar certo”.
O professor André Fellipe já desenvolve pesquisas na área de reabilitação robótica e afirma que ao termino do projeto, se tudo funcionar a contento, pesquisa será disponibilizada para que possa ajudar ao máximo de pessoas. “A nossa intenção é deixar o dispositivo com uma licença de uso aberta, disponibilizando para que outros pesquisadores possam ter acesso, executar e até melhorar o projeto para que ele possa alcançar o maior número possível de pacientes com essa necessidade”.
O protótipo da órtese deve ser finalizado em setembro, quando começarão os testes. Até o final do ano a equipe deve entregá-la a uma pessoa que ficou paraplégica em decorrência de lesão na medula.
DIÁRIO DO SERTÃO com Assessoria do IFPB/Campus Cajazeiras
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