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Governo realiza mais uma etapa contra dengue e chikungunya em todos os municípios paraibanos

A Sala de Situação Estadual, da Secretaria da Saúde registrou, de dezembro até junho deste ano, 1.417 denúncias da população sobre possíveis focos do mosquito Aedes aegypti

Por Campelo Sousa

04/07/2016 às 13h36 • atualizado em 05/07/2016 às 01h25

Governo realiza mais uma etapa do LIRAa nos municípios paraibanos

Mediante resultado do Levantamento de Índice Rápido de Amostragem (LIRAa) realizado em março de 2016, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), decidiu promover no mês de julho mais uma série de atividades nos 223 municípios paraibanos. Conforme orientações do Ministério da Saúde, o novo LIRAa acontece no período de 11 a 15 de julho.

O LIRAa é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue e chikungunya. O levantamento identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor das doenças e os tipos de recipientes com água parada, que servem de criadouros mais comuns. A pesquisa proporciona informação qualificada para atuação das prefeituras nas ações de prevenção e controle, permitindo a mobilização de outros setores, além das secretarias de saúde, como os serviços de limpeza urbana e abastecimento de água.

Os resultados do LIRAa são de fundamental importância para o planejamento das ações de combate a dengue, zika e chikungunya. “Esta nova etapa do LIRAa na Paraíba será de grande importância, pois, com os dados de julho poderemos fazer um comparativo do trabalho realizado em cada município – se houve aumento ou decréscimo no índice de infestação do mosquito”, explicou o gerente operacional de Vigilância Ambiental da SES, Geraldo Moreira.

Ele enfatizou, ainda, que os novos dados farão com que novas estratégias sejam desempenhadas para o combate efetivo do mosquito Aedes aegypti. “Ao identificarmos o índice de infestação predial e o índice de incidência das doenças causadas pelo mosquito (conforme notificação no sistema Dengue Online), temos condições de ler o retrato da realidade de cada município e, consequentemente, dar o suporte necessário”, pontuou.

Para Geraldo, outro ponto importante é a questão das notificações no sistema de casos suspeitos das doenças causadas pelo Aedes. “Para termos dados precisos, todos os municípios têm que registrar os casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya no sistema. Todo e qualquer profissional de saúde está autorizado a fazer esta notificação, conforme portaria do Ministério da Saúde. Desta maneira, poderemos analisar melhor os casos e promover ações ainda mais efetivas”, informou.

Saiba mais – O índice utilizado no LIRAa leva em consideração a porcentagem de casas visitadas com larvas do mosquito Aedes aegypti. Os municípios classificados como ‘de risco’ apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de ‘alerta’ quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito; e ‘satisfatório’ quando o índice está abaixo de 1% de residências com larvas do mosquito.

Lei – No dia 27 de junho foi publicada a Lei Nº 13.301, que dispõe sobre a adoção de medidas de vigilância em saúde quando verificada situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito transmissor do vírus da dengue, da chikungunya e do zika ; e altera a Lei Nº 6.437, de 20 de agosto de 1977.

Exército – Foi firmada mais uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Exército Brasileiro. Desta vez, as equipes, que devem passar por 23 municípios paraibanos, estão engajadas na distribuição de água através de carros-pipa, além do repasse à população de informações sobre os cuidados com o armazenamento correto de água.

Aedes na Mira – A Sala de Situação Estadual, da Secretaria da Saúde registrou, de dezembro até junho deste ano, 1.417 denúncias da população sobre possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. As denúncias chegam à Sala pelo Aedes na Mira, aplicativo desenvolvido por meio de uma parceria entre a SES e a Companhia de Processamento de Dados da Paraíba (Codata), para celulares e outros dispositivos móveis; pela central de atendimento e redes sociais.

Até então, as denúncias estavam centralizadas na Sala de Situação Estadual, que funciona no Espaço Cultural, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, com a presença de representantes da Gerência de Vigilância Ambiental da SES, Defesa Civil, Polícia Militar, Exército Brasileiro e Corpo de Bombeiros.

“A intenção agora é descentralizar as denúncias e passar a própria base do aplicativo para os municípios. O objetivo é fazer com que os próprios técnicos dêem encaminhamento quando a demanda da denúncia for atendida”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.

Além do Aedes na Mira, as denúncias podem ser feitas pela Central Telefônica (083 3218-7455 ou 0800 083 1341) e via WhatsApp (083 98822-8080). Para facilitar o processo, as pessoas podem encaminhar fotos para que a equipe da SES analise a demanda e as providências sejam tomadas rapidamente.

Secom

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