Investigada na Lava Jato, filha de Eduardo Cunha viaja e vem passar São João na cidade de Patos
Danni já foi assessora de marketing de Motta e este é o segundo ano em que passa o São João em Patos
Nas investigações da Operação Lava Jato, a publicitária Danielle Dytz da Cunha Doctorovich, filha do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nem lembra do juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos contra investigados sem foro privilegiado. Longe das quadrilhas brasilienses, Danni se diverte há uma semana nos festejos do São João de Patos, considerada a capital do forró do sertão da Paraíba. Ela está hospedada na casa da mãe do deputado Hugo Motta (PMDB-PB), dona Chica Motta, que é prefeita do município.
Danni já foi assessora de marketing de Motta e este é o segundo ano em que passa o São João em Patos. Ela é apontada pelas investigações coordenadas por Moro como uma das beneficiárias da conta em nome da offshore Kopek, aberta secretamente por Cunha na Suíça e alimentada com valores milionários pelo deputado. Segundo os investigadores, o dinheiro tem origem em propinas recebidas pelo parlamentar a partir do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras.
Os investigadores da Lava Jato descobriram que a publicitária é beneficiária da conta secreta que recebeu US$ 1,5 milhão de 2008 a 2014 e tem como titular Cláudia Cruz, sua madrasta. Esta conta pagou compras milionárias feitas com cartões de crédito pela mulher e pela filha de Cunha exterior, segundo as investigações. Mas o deputado – que está com o mandato suspenso por tempo indeterminado e pode ser cassado em breve pelos próprios pares – e os advogados da família negam haver irregularidade a respeito da titularidade e da utilização do saldo da conta secreta.
Esse foi o principal motivo que levou a Justiça a aceitar a denúncia do Ministério Público Federal que transformou a madrasta de Danny e o próprio Cunha em réus no processo que pede a condenação dos três por evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção. A Polícia Federal concluiu que o saldo da conta tem origem na propina recebida por Cunha para viabilizar a aquisição, pela Petrobrás, de metade do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011. Depois de duas decisões unânimes do Supremo Tribunal Federal (STF), o peemedebista agora é réu em duas ações penais da Lava Jato.
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