Mistério:bebê some durante parto e mãe está aflita
A polícia e o Conselho Regional de Medicina do Pará estão diante de um mistério: o desaparecimento de um bebê dentro da barriga da mãe. Lana Silva Pimenta fez o primeiro pré-natal em janeiro, em um posto de saúde de Belém. A data prevista para o parto era 18 de abril. No dia 19, como […]
A polícia e o Conselho Regional de Medicina do Pará estão diante de um mistério: o desaparecimento de um bebê dentro da barriga da mãe.
Lana Silva Pimenta fez o primeiro pré-natal em janeiro, em um posto de saúde de Belém. A data prevista para o parto era 18 de abril. No dia 19, como não havia sinais da chegada do bebê, ela procurou a Santa Casa. O exame do ginecologista indicou batimentos cardíacos do feto e que ele estava na posição pélvica, ou seja, sentado".
“Ele falou para eu ir logo ao hospital porque teria que ser operada com urgência”, afirma Lana. Como não tinha vaga na Santa Casa, ela foi transferida para uma maternidade particular conveniada ao Sistema Único de Saúde, para que fosse submetida a uma cesariana.
No mesmo dia, a jovem foi para a sala de parto com a expectativa do nascimento da primeira filha, mas durante a cirurgia veio a surpresa. O obstetra chamou a mãe da jovem para dizer que Lana não estava grávida. “Chamei o anestesista, a pediatra, paramentamos a mãe de Lana e mostramos que não existia feto”, diz o obstetra.
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“A minha filha entrou em uma sala de cirurgia e, de repente, o médico diz que a minha filha não tinha nenhum bebê. Que gravidez é essa? Cadê esse bebê?”, afirma a mãe de Lana.
Depois da cirurgia, a jovem fez mais dois exames: um de gravidez, e uma ultrassonografia. Segundo Albertino Bastos, presidente da Associação Paraense de Ginecologia e Obstetrícia, que analisou os exames, não havia gravidez.
“Se ela estivesse grávida, esse exame, mesmo 15 dias depois do parto, daria positivo. O ultrassom realizado na mesma clínica onde foram feitas as ultrassonografias de dezembro e janeiro mostra que é um útero que nunca esteve grávido”, diz Bastos.
O cartão de pré-natal mostra que a última consulta de Lana no posto de saúde foi duas semanas antes da cirurgia. O ginecologista do posto de saúde não quis gravar entrevista. Em nota, ele afirma que acompanhou o pré-natal da jovem com resultado satisfatório, sem anormalidades, e ainda indicou a cesariana por causa da posição do feto.
Na tarde desta quarta-feira (28), o médico da Santa Casa entregou um laudo confirmando que a jovem estava grávida e que passou por exames em bom estado geral. O Conselho Regional de Medicina do Pará abriu sindicância para apurar o caso.
“Esse caso merece toda a nossa atenção, todo o nosso cuidado, e toda a apuração certa, séria, que o conselho costuma fazer”, diz Fátima Couceiro, presidente do Conselho Regional de Medicina.
“Não consigo nem pensar. Eu não consigo entrar no meu próprio quarto, porque vejo as coisas da minha filha e choro. Eu só quero saber a verdade. Mais nada”, afirma Lana.
Do G1
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