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Recém-nascido é encontrado em caixa na Zona Sul de SP

Criança abandonada ainda tinha o cordão umbilical. Homem que encontrou o bebê pensa em adotá-lo.

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08/07/2010 às 12h28

Um bebê foi encontrado abandonado dentro de uma caixa de papelão na noite de quarta-feira (7) em frente a uma casa no Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo. Quem encontrou a criança foi um segurança aposentado, que ficou emocionado com a história e pensa em adotar o bebê.

O recém-nascido estava dentro de uma pequena caixa, enrolado em uma manta branca. Ele foi encontrado por volta das 20h30 na frente da casa do aposentado Jaime Pascoal da Silva. Ele percebeu que a caixa estava na frente do portão e custou a acreditar no que havia dentro.

“Minha esposa disse ‘parece um bebê’. Quando vi aquilo, eu olhei e pensei ‘deve ser um cachorrinho ou um gato’”, explicou.

Segundo a Polícia Militar, a criança estava com sangue, com o cordão umbilical e com um pouco da placenta no corpo.

“Ele [o aposentado] disse para a gente ‘eu acredito ser uma criança, mas não sei se está viva ou se está morta’. Retirei a criança da caixa, aparentemente estava bem, com os olhos fechados. Como a esposa do seu Jaime ficou bem emocionada, eu pedi para ela segurar o bebê”, explicou o soldado Ricardo dos Santos.

O recém-nascido foi levado para o pronto-socorro de Diadema, no ABC. Ele foi alimentado e recebeu os primeiros cuidados. Os médicos disseram que o bebê tem apenas um dia de vida e nasceu na manhã de quarta.

Nesta quinta-feira (8), o Conselho Tutelar vai decidir para onde a criança será transferida, já que o pronto-socorro de Diadema não tem berçário. O bebê é saudável, tem 50 centímetros, 3,2 kg e foi chamado pelas enfermeiras de Gabriel.

O aposentado que encontrou a criança acredita que o bebê não foi deixado na frente de sua casa por acaso. Agora, ele que já tem quatro filhos pensa em aumentar a família. “Estou disposto a adotar. Até meu filho falou que quer um irmãozinho para jogar videogame com ele”, afirmou o aposentado.

A família do aposentado pode ter que esperar um pouco para adotar a criança. Primeiro, o Conselho Tutelar vai tentar localizar os pais ou alguém da família do recém-nascido.  

 G1

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