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De ressaca pós-título nacional, Palmeiras recebe o São Paulo de estreantes em Barueri

O Palmeiras, mais do que curar a ressaca da festa por seu primeiro título nacional, precisa juntar os cacos para a sua campanha no Brasileiro.

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15/07/2012 às 14h34

Do êxtase à realidade, o Palmeiras campeão da Copa do Brasil na quarta-feira tenta sair da zona do rebaixamento no Brasileiro. Da nova realidade para o êxtase, o São Paulo estreia Ney Franco e Rafael Toloi com a esperança de deixar de ser o único grande paulista sem ter conquistado um título nesta temporada. São estas situações que marcam o clássico entre ambos, às 18h30 (de Brasília) deste domingo, na Arena Barueri.

O time alviverde, mais do que curar a ressaca da festa por seu primeiro título nacional em 14 anos, precisa juntar os cacos para, enfim, dar largada em sua campanha no Brasileiro. Em antepenúltimo lugar na competição, com cinco pontos somados entre os 24 que disputou, a equipe tem problemas principalmente no ataque.

Luiz Felipe Scolari ainda não poderá contar com Barcos, em recuperação de cirurgia por crise de apendicite, e lida com as consequências do empate com o Coritiba que valeu a conquista da Copa do Brasil: Thiago Heleno sofreu lesão na coxa esquerda e está vetado, Luan jogou no sacrifício, levou pancada na recém-recuperada coxa esquerda e também está fora, assim como o zagueiro Román. No sábado, Marcos Assunção não foi relacionado, enquanto Henrique e Betinho ficaram à disposição.

Na defesa, a solução é simples, com a a entrada de Leandro Amaro, como ocorreu no Couto Pereira. Já o setor ofensivo, que ganha a volta de Valdivia na armação ­ o chileno cumpriu suspensão na final da Copa do Brasil ­, Mazinho deve ter a companhia de Betinho ou Maikon Leite, com mais chances para o primeiro, autor do gol que garantiu a festa alviverde no meio da semana.

Independentemente dos escolhidos, a ordem é trocar comemoração por recuperação na tabela. "Estamos classificados para a Libertadores, mas aparecemos na zona de rebaixamento do Brasileiro e não podemos nos esquecer que descem quatro equipes. Se não começarmos a ter competência, vamos ter sérios riscos. Não adianta tapar o sol com a peneira", falou Felipão.

O comandante sabe bem o que esperar do time do São Paulo, que estreia novo comandante, mas mantém a base dos tempos de Leão: "O São Paulo está em quinto, antes estava em quarto, mas luta com muita força por duas competições, a Sul-americana e o Brasileiro para chegar. O foco deles é esse e para isso eles têm que ganhar. Não vão jogar diferente contra nós. Não é porque nós ganhamos a Copa do Brasil que vai mudar atitude do São Paulo".

Do outro lado, o problema não é o Brasileiro em si, mas a pressão por conquistas. O São Paulo já viu Santos, Corinthians e Palmeiras serem campeões neste ano e, sem levantar uma taça desde a liga nacional de 2008, aposta agora em Ney Franco no lugar de Emerson Leão. O ex-técnico da Seleção Brasileira sub-20, porém, não preparou grandes mudanças.

A base é a mesma eliminada pelo Coritiba nas semifinais da Copa do Brasil, sob o comando de Leão. Após ficarem no banco durante o comando interino de Milton Cruz, Casemiro e Cícero voltam ao time, que terá como novidade Rafael Toloi estreando na zaga ao lado de Rhodolfo, recuperado de contratura na coxa esquerda, e Luis Fabiano de volta depois de cumprir suspensão. O ataque, sem Lucas, que está com a Seleção Olímpica, será completado por Osvaldo.

A ideia é, ao menos, diante de um adversário em festa e na zona de rebaixamento, manter-se na parte de cima da tabela ­ o Tricolor começou a nona rodada em quinto lugar, um abaixo da faixa que garante vaga na Libertadores e a cinco pontos da liderança.

"O clássico é interessante. Independentemente de como o adversário vem, é uma oportunidade para alguns jogadores se apresentarem jogando bem. Vai ser um jogo muito equilibrado, independentemente da forma como o Palmeiras vier", apostou Ney Franco, garantindo ânimo de seus comandados em campo.

"O clássico por si só, independentemente de ser amistoso ou valendo título, sempre motiva quem entra em campo. E é uma possibilidade real de entrarmos e permanecermos no G-4. Essa é a minha maior preocupação para resolvermos os nossos problemas. Se queremos realmente lutar pelo título, temos que pontuar", alertou.

MSN

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