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Açúcar pode salvar a vida de um diabético. Entenda!

Se quadro não for tratado, a queda de glicose no sangue pode causar desmaios e até crise convulsiva

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17/11/2012 às 11h28

A hipoglicemia — queda de açúcar no sangue — é um dos principais medos de quem tem diabetes. O quadro é mais comum em pessoas com diabetes tipo 1 e se não tratado em tempo, pode desencadear desmaios e até crise convulsiva. O endócrino-pediatra Dr. Luis Eduardo Calliari, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, enumera os sinais que podem avisar a presença do quadro.

— A pessoa pode sentir tremor, irritabilidade, tontura, sonolência, suor frio nas mãos, fome e dor de cabeça. No caso de criança na escola, pode-se observar se ela está muito quieta nas aulas e de cabeça baixa.

De acordo com o médico, a hipoglicemia é causada por excesso de insulina, muitas horas em jejum ou exercício físico não programado. A dona de casa Elisângela da Silva Cardoso Paulino, de 38 anos, já passou por essa situação com a filha Stéfani da Silva Paulino, 12 anos, portadora de diabetes tipo 1 desde os quatro. Não à toa, ela adota algumas medidas preventivas.

— Procuro colocar sachês de mel, refrigerante e açúcar na bolsa da Stéfani. Além disso, minha filha sempre leva o medidor de glicose para onde ela for.

Quando o paciente começa a sentir os primeiros sinais de hipoglicemia é importante checar o valor da glicemia antes de tomar qualquer atitude. Caso esteja abaixo de 70 mg/dl, a nutricionista Kariane Krinas Bavison, da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), recomenda o consumo de 15 g a 20 g de carboidratos, o que representa um copo de suco de laranja ou refrigerante normal, três balas ou um sachê de glicose.

— Com o consumo do doce, espera-se que a glicemia suba após 10 a 20 minutos. Passado esse tempo, é importante monitorar a glicemia novamente para ter certeza de que houve o aumento esperado.

Caso isso não aconteça, a nutricionista Gisele Rossi Gouveia, também da SBD, orienta repetir o procedimento até que a glicemia se estabilize.

— O paciente consome novamente 15 g a 20 g de carboidratos e espera-se que com essa suplementação o valor da glicemia aumente em 50 mg/dl.

Em relação à alimentação dos diabéticos, não deveria haver muita diferença na rotina de pessoas sem a doença. A adoção de um cardápio saudável, rico em frutas e verduras e pobre em gorduras e sal, deveria ser prioridade para qualquer cidadão, conforme reforça o Dr. Calliari.

— Hábitos saudáveis previnem uma série de doenças, por isso todos deveriam priorizar uma alimentação balanceada. No caso dos diabéticos, vale deixar os alimentos que contêm açúcar fora do cardápio e priorizar os produtos dietéticos, além das frutas, legumes, verduras e alimentos ricos em fibras.

Fora isso, as nutricionistas lembram a importância de fracionar as refeições para evitar períodos prolongadas em jejum, o que aumenta o risco de hipoglicemia.

A recomendação para o portador de diabetes, que também pode ser adotada pela população em geral, é comer a cada três horas.

R7
 

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