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VÍDEO: Gerente da Cagepa critica nova lei do saneamento de Bolsonaro e lamenta situação dos lixões

Ele alega que a iniciativa privada vai aplicar recursos na água para gerar lucro, mas esse lucro não será dividido com a população, e sim com os acionistas

Por Jocivan Pinheiro

07/08/2020 às 16h30 • atualizado em 07/08/2020 às 23h10

Em entrevista à TV Diário do Sertão, o gerente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), João Vicente Machado, demonstrou toda sua preocupação com o novo marco legal de saneamento básico que já foi sancionado pelo Governo Federal.

Defensores do projeto veem nele uma forma de atrair investimentos privados para levar água e esgoto a toda a população, melhorar a qualidade do serviço e estimular a retomada da economia. Por outro lado, críticos afirmam que a privatização deve encarecer a conta de água e que regiões periféricas não serão atendidas porque dariam pouco ou nenhum lucro às empresas do setor. O gerente da Cagepa concorda com essa segunda tese.

“O privado não está interessado no saneamento como fator de saúde pública, o privado está interessado no saneamento como fator de rentabilidade”, disse João Vicente Machado.

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O gerente da Cagepa alega que a iniciativa privada vai aplicar recursos no tratamento e distribuição da água para gerar lucro, mas esse lucro não será dividido com a população, e sim com os acionistas.

Ele diz ainda que as estatais do ramo, a exemplo da Cagepa, têm tarifas mais sociais e o lucro obtido nas grandes cidades é destinado para bancar as despesas na cidades menores, onde a arrecadação é pequena.

“Água é um recurso natural insubstituível. Todos nós só matamos a sede com uma coisa: água. Não há outro substitutivo. Então, isso é vida. Você não pode submeter à lógica do lucro porque ela vira mercadoria e mercadoria só tem quem tem dinheiro”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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