‘Luizes Augusto’ processam Sadia por propaganda de presunto
Dois cariocas alegam que passaram a ser motivo de piadas e ganharam o apelido de "presuntinho"
Desde que a propaganda do presunto Luis Augusto, divulgada pela Sadia, foi transmitida na televisão, a vida de pelo menos dois Luis Augusto mudou. Os cariocas, alegam que passaram a ser motivo de piadas e ganharam o apelido de “presuntinho” – que, para eles, não é nada carinhoso. Por causa disso, eles entraram com uma ação de indenização contra a Sadia por danos morais. Além da retirada imediata da propaganda, eles pedem R$ 30 mil cada.
Em entrevista ao jornal ‘Extra’, o despachante Luiz Augusto Ribeiro, de 45 anos e pai de duas crianças, reclamou que até seu filho passou a ser alvo de piadas na escola.
Já o comerciante Luis Augusto Mascarenhas, de 42 anos, revelou que tem enfrentado comentários maldosos.
No comercial, uma cliente chega na padaria para pedir presunto, quando o atendente pergunta qual peça ela levaria. Devido a má aparência do “Luis Augusto”, o outro que é levado.
Ainda segundo a publicação, o advogado Allan Hoppe, do escritório João de Barros Advogados, afirmou que a reclamação dos dois Luis Augusto é pertinente e se baseia no artigo 17 do Código Civil. A lei diz que “o nome de uma pessoa não pode ser empregado por outros em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda que não exista intenção difamatória”.
Outro lado
A Sadia, por meio de nota, disse que a escolha do nome para a campanha foi por mera coincidência, “à exemplo do que é observado na teledramaturgia”. A empresa ainda lembrou que o filme segue o mesmo tom irreverente de outras campanhas, como a do clássico bordão “Nem a pau, Juvenal!”.
Leia na íntegra a nota da Sadia:
“A Sadia esclarece que, como obra de ficção, as semelhanças e a escolha do nome Luís Augusto para a campanha são mera coincidência, à exemplo do que já observamos na teledramaturgia. Portanto, o filme segue o mesmo tom irreverente e característico das campanhas publicitárias da marca, como o clássico bordão “Nem a pau, Juvenal” ou quando o fatiador de frios oferece um tijolo ao consumidor, que pediu para “dar uma olhadinha” no presunto que não era da marca Sadia. Líder na categoria de presunto no País, o principal objetivo da ação é ressaltar a alta qualidade do produto da marca, que tem expertise no segmento e excelência no processo de produção”.
Processo no Conar
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu processo no último dia 19 para apurar se a ação publicitária é ofensiva ou não. De acordo com o órgão, foram recebidas centenas de reclamações de consumidores, a maioria de pessoas que se chamam “Luis Augusto”. A previsão é que a campanha seja julgada apenas em setembro. Até lá, o comercial poderá continuar sendo veiculado normalmente.
Notícias ao Minuto com Extra
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